A Presidenta Dilma Rousseff ficou PT da vida com uma reportagem publicada ontem pelo jornal espanhol ABC, com o título “De Kirchner a Rousseff, o desperdício dos Bolivarianos” (“De Kirchner a Rousseff: el derroche de los bolivarianos”). O texto traz um relatório detalhando os estilos de vida opulentos de líderes latinoamericanos "que alegam ser socialistas e anti-imperialistas”, mas na vida pessoal ou em seus governos torram dinheiro como se fossem bilionários dignos de figurar na revistinha Forbes.
Dilma odiou ser comparada com a exibicionista e consumista argentina Cristina Kirchner. Também detestou ser incluída entre os presidentes latinos que ostentam luxúria, vaidade e gastos sem limite em sua rotina pessoal – como é o caso de Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador), Daniel Ortega (Nicarágua), e, principalmente, o cadáver ainda insepulto Hugo Chávez Frias (Venezuela). A matéria do ABC expôs a distância entre o discurso demagógico socialista dos líderes do Foro de São Paulo e a a prática de vida que levam – digna do mais vaidoso e selvagem capitalista.
Dilma entrou na dança dos famosos ostentadores por causa dos gastos nada franciscanos de no mínimo R$ 325 mil na viagem a Roma para participar da missa de entronização do novo Papa Francisco. O filme dela ficou queimado com a desastrosa atuação do Itamaraty que reservou nada menos que 52 quartos em um hotel de luxo e alugou 17 carros para três dias de estadia para os eventos do Vaticano. O jornal ABC meteu o pau na Dilma: “Essa imagem não se encaixa com o seu compromisso com os mais vulneráveis, como ele disse em sua posse, e sua aspiração de tornar o Brasil um país menos desigual”.
A farra romana da turma de Dilma já é objeto de um inquérito Civil aberto na terça-feira pelo Ministério Público Federal. A Procuradoria da República quer apurar as "eventuais irregularidades, em especial aos gastos e ao número de integrantes da comitiva". Evidentemente, o caso vai dar em nada, sendo providencialmente arquivado - como acontece em tais casos de abuso com dinheiro público no Brasil.
Pelo menos - se pode restar algum consolo - o movimento do MPF promove mais uma ação de desgaste contra o capimunista governo Dilma - que tem tudo para se reeleger, no que depender dos belos índices de popularidade nas pesquisas de opinião - certamente feitas com os tais "vulneráveis" que recebem algum benefício do governo federal.
Como de costume, tal “notícia negativa contra o Brasil” não terá a mínima repercussão na amestrada mídia tupiniquim – o que só confirma que por aqui temos uma liberdade de imprensa assegurada pela Constituição que não se transforma em plena liberdade de informação e expressão...
Mais malvados que os hermanos...
Voltando à reportagem do ABC, os espanhóis foram sarcasticamente irônicos com Dilma:
“A presidente não costuma realizar esses shows, e, geralmente, lidera pelo exemplo. Suas roupas são feitas por costureiros brasileiros, não usa marcas de jóias e tem pouco valor, sendo constantemente repetidas, como um conjunto de pérolas e uma pulseira de ouro inspirada nas fitas do Senhor do Bonfim da Bahia no olho de vidro turco, amuletos de boa sorte. Assim, surpreendeu tanto a ostentação de sua visita a Roma há duas semanas para participar da missa de abertura do Papa Francisco”.
Antes de tal trecho, a publicação espanhola tinha retratado Dilma como uma pessoa austera:
“A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é uma mulher discreta em seu estilo de vida e pessoal. Vive no Palácio da Alvorada, a residência oficial, com sua mãe e sua tia, ambas octogenárias. Em seu tempo livre é dedicado ao caminhar, ler e ouvir música clássica, uma paixão que herdou do pai búlgaro. Suas férias no Brasil são passadas em uma base militar localizada em uma base naval, na Bahia, ou com a sua filha e neto, na cidade de Porto Alegre, em teto da própria família. Geralmente trabalha mais de 12 horas por dia e só viaja para o exterior para atender a agenda de convites oficiais, cimeiras e reuniões diplomáticas”.
Gastança da Hermana Cristina
Além de Dilma, o ABC meteu o pau na hermana bolivariana da argentina:
"A presidente da Argentina faz movimentos diários da residência oficial de Olivos para a Casa Rosada de helicóptero (...) As quatro aeronaves são o transporte oficial de Cristina Fernández de Kirchner viajar para El Calafate, província de Santa Cruz do sul”.
O jornal também detonou que os filhos dela, especialmente seu filho Max" também usa o que eles chamam de "transporte público especial" de Cristina Kirchner, que sempre foi marcada pela ostentação.
O insepulto Chávez
O ABC também aproveita para bater forte em quem já morreu:
“Hugo Chávez e sua família nunca se importou escandalizar a vida que levou a desperdício de fundos públicos de venezuelanos, na sua maioria pobres, durante os 14 anos em que esteve no poder até que ele morreu em 5 de março. O presidente falecido era notável pelo uso de ternos caros, relógios, viagens ao redor do mundo em jatos particulares e dar dinheiro a rodo para seus amigos políticos e artistas de Hollywood, para pedir seu apoio, enquanto pregava que "ser rico é ruim".
O ABC toca no calcanhar de aquiles do capimunismo bolivariano:
“Do nada, o clã Chávez ou 'família real' levantou um império em suas Barinas nativas, um dos estados mais pobres do país, e quer continuar desfrutando de riqueza herdada, que inclui fazendas, jóias, aviões, roupas, relógios e casas de investimento na Patagônia e contas bancárias no exterior. E seu sucessor, Nicolas Maduro, que também se aproveitou da doçura do poder nestes 14 anos, vestindo ternos caros, agora não quer perder os privilégios e pode garantir a continuidade de sua dolce vita caso vença as eleições presidenciais de 14 de abril”.
Turista Morales
O ABC também foi cruel com o presidente boliviano Evo Morales.
A reportagem cita o líder oposicionista Luis Felipe Dorado, denunciando que em 2012 o índio bolivariano fez nada menos que 250 viagens ao exterior, com poucos resultados obtidos em favor do pais:
“Em muitas ocasiões, foram viagens de lazer para resorts. Morales fez essas viagens no avião Falcon 900 EX Easy que foi originalmente fabricado para o Manchester United (famoso time inglês) - comprado logo depois de iniciar seu segundo mandato por cerca de 39 milhões de dólares (30 milhões de euros)”.