quarta-feira, 30 de maio de 2012

RJ: PM corta folgas, cursos e estuda cassar férias, por tropa 60% maior na Rio+20

Polícia vai aumentar efetivo diário na capital de 4 mil para 6,5 mil por turno. Soldados receberão por horas-extras trabalhadas

 
Policiais militares durante operação. A PM vai suspender folgas e cursos para pôr mais homens na rua na Rio+20

A Polícia Militar do Rio vai colocar 2.500 homens a mais nas ruas entre 5 e 29 de junho, para a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável), que reunirá mais de 100 chefes de Estado e de governo do mundo.
Como não sobra efetivo, será necessário otimizar ao máximo a tropa, de cerca de 45 mil policiais. Isso vai significar suspender folgas, cursos de aperfeiçoamento, mobilizar recrutas recém-formados (470 se formaram nesta segunda-feira, 28). A corporação estuda até cassar as férias programadas para o período, se for necessário.
Como no dia a dia, de fato são apenas cerca de 4 mil policiais de serviço por turno na capital – no Estado são 7 mil –, o aumento de 2.500 PMs representa 60% do pessoal em um turno normal na cidade.
Isso vai demandar enorme esforço da corporação. Por isso, serão suspensos os cursos de formação de cabos e soldados.
PMs receberão horas-extras por trabalho na Rio+20
Diferentemente de outras situações semelhantes do passado, porém, os PMs mobilizados vão receber horas-extras pelos serviços prestados. A Rio+20 vai inaugurar a prática em grandes eventos. Isso ocorrerá ainda no Carnaval, Copa das Confederações, em 2013, Copa do Mundo de 2014.

 
Bope fará parte do efetivo de segurança durante a Rio+20

De acordo com o chefe de Comunicação Social da PM, coronel Frederico Caldas, esta semana, o chefe do Estado-Maior operacional, coronel Pinheiro Neto, vai definir junto com sua equipe no comando as medidas finais para mobilizar os homens.
A intenção do aparato, coordenado pelo Comando Militar do Leste (CML) do Exército, é fazer operações de visibilidade para aumentar a sensação de segurança da população. Daí a opção de empregar 15 mil homens das Forças Armadas (8 mil), e polícias estaduais e federais.
As UPPs terão o policiamento reforçado e algumas comunidades-chaves, como o Complexo da Maré – não pacificado – serão ocupados durante o evento.
Uma preocupação da Polícia Militar atualmente é com a profusão de eventos paralelos à Rio+20, que possam vir a demandar pessoal, o que poria em xeque o planejamento atual. “Estamos atentos ao surgimento de novos eventos paralelos e faremos o controle para que esses não se multipliquem”, afirmou Caldas.
As linhas Vermelha e Amarela, importantes vias de acesso da cidade, ficarão sob responsabilidade dos Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira.

Fonte: IG


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RJ: Rio+20 terá unidades de combate ao terrorismo e crimes cibernéticos

O combate a possíveis atos de terrorismo e de crimes cibernéticos durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) será feito por duas unidades especiais criadas para o evento. O grupo encarregado de combate ao terror é formado por integrantes da Brigada de Operações Especiais do Exército, Fuzileiros Navais da Marinha, Polícia Federal e Polícia Militar. O centro de inteligência vai funcionar na sede do Comando Militar do Leste (CML), no Centro do Rio.
O coordenador de Segurança da Rio+20 e comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, considera baixas as possibilidades de atos terroristas no país, mas destacou que todas as informações serão trabalhadas pelo grupo de contraterror. Ele participou ontem, ao lado do ministro da Defesa, Celso Amorim, da apresentação do esquema de segurança para a conferência, que disponibilizará, a partir do dia 5 de junho, cerca de 15 mil homens das Forças Armadas e das diversas polícias nas ruas do Rio.
“Na área externa, a Agência Brasileira de Inteligência [Abin] está fazendo todos os levantamentos de possíveis ameaças. [Quanto ao terror,] não acredito que nós sejamos imunes a isso. A probabilidade é baixa, mas teremos uma preocupação e vamos adotar dispositivos para que essas ameaças não se concretizem”, disse o general.
Os crimes cibernéticos são outra preocupação dos militares, que montaram uma equipe de especialistas. O grupo atuará diretamente no Riocentro, onde ocorrerá a cúpula dos chefes de Estado e de governo, para evitar que hackers invadam a rede oficial ou que possam até provocar danos às redes de energia elétrica ou de telecomunicações, que hoje em dia são totalmente controladas por sistemas de informática. O Centro de Monitoramento Cibernético também será coordenado pelo Exército, com a ajuda da Abin, Polícia Federal e Polícia Civil.
O general ressaltou que não haverá qualquer apoio estrangeiro na operação das redes contraterror ou contra crimes cibernéticos. “Nós temos meios para fazermos isso. Só teremos apoio [estrangeiro] na área de inteligência. Qualquer chefe de Estado que vier aqui terá segurança necessária, de acordo com o grau de risco.”
 

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