domingo, 8 de abril de 2012

Ex-comandante da PM-RJ defende coronel preso por morte de juíza


Mário Sérgio Duarte concede a primeira entrevista após deixar o cargo.
'Renúncia' ocorreu após envolvimento de policiais com caso Patrícia Acioli.

Seis meses após deixar o comando da Polícia Militar do Rio devido à prisão de policiais acusados de matar a juíza Patrícia Acioli, o coronel Mário Sérgio Duarte defende o oficial apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil como o mandante do assassinato e que era seu subordinado na época.

Em sua primeira entrevista após o episódio, Duarte diz ao G1 que não vê no processo provas contra o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, e admite ter sido decisão sua tirar os homens que atuavam como seguranças de Patrícia.

Foi a prisão de Oliveira – na época chefe do batalhão de São Gonçalo e hoje em uma penitenciária federal - que fez Duarte deixar o cargo. A juíza combatia milícias e grupos de extermínio na Baixada Fluminense, determinando a prisão de PMs ligados ao tenente-coronel acusados de assassinatos e de ficar com o espólio do tráfico. Para o advogado da família de Acioli, Oliveira "desejava a morte da juíza", com quem tinha uma “rixa antiga” após ser processado por ela por abuso de autoridade em 1989.
“Eu saí da PM com a crença de que, de fato, havia provas robustas contra o Cláudio [Oliveira] e entreguei o meu cargo. Foi um gesto de renúncia. Agora, após conhecer o processo, concluo da sua inocência”, afirma Mário Sérgio ao G1. “Muito se falou sobre a juíza estar investigando o coronel e o batalhão dele, mas juízes julgam, não investigam", declara.
O ex-comandante usa o argumento da falta de provas contra o subordinado para defender que, se tivesse na época o conhecimento que tem agora sobre o caso, “não teria pedido para sair”. Ao enviar ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a carta de demissão, logo após a prisão de Oliveira, ele estava internado para uma cirurgia.
“Não consigo encontrar provas. A prisão do Cláudio se fundamenta na delação premiada de dois cabos. Um deles diz que o assassinato foi planejado com o tenente depois que ambos tiveram a prisão decretada pela juíza. O cabo diz que ouviu do tenente, que ele teria ouvido do coronel orientações para o crime e palavras de assentimento. Num caso assim é elementar uma acareação, o que não houve”, diz Duarte.
O ex-comandante se refere ao tenente Daniel Benitez e aos cabos Jefferson de Araújo Miranda e Sérgio Costa Júnior, flagrados por câmeras de segurança do condomínio onde a juíza morava no local no dia do crime e apontados como executores do assassinato.
 

Documento mostra pedido de Patricia para
que seguranças ficassem a sua disposição
À caneta (à direita), Cláudio autoriza: 'Ao P/1
para providenciar em caráter temporário
em virtude de excepcionalidade'
(Foto: Alexandre Durão/G1)

Foi o cabo Miranda quem delatou em depoimento à Polícia Civil que Oliveira mandou os subordinados matarem Acioli. Já na Justiça, ele mudou a versão, negando ter envolvido o tenente-coronel. O cabo Júnior mantém a posição de suspeita sobre o tenente-coronel, mas sem acusá-lo como mandante.
Além do depoimento dos dois cabos, que acusaram o tenente-coronel de ter indiretamente orientado a execução e também de ficar com o espólio do tráfico e acobertar execuções cometidas na unidade, a prisão de Oliveira está fundamentada, segundo o decreto judicial, no depoimento de familiares da juíza, que afirmam que os dois tinham um desentendimento antigo desde que ela foi presa durante um jogo de futebol em 1989.
O comando de Mário Sérgio ficou conhecido pelo sucesso na política de implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio, combatendo traficantes e a milícia. Ele enfrentou momentos difíceis na segurança pública do estado, como a greve dos bombeiros, em que teve que mandar o Bope invadir um quartel dominado pelos rebelados, e a derrubada, por criminosos, de um helicóptero da PM, provocando a morte de dois de seus homens.

Animado, Mário Sérgio prepara agora o que chama de “reinserção na vida pública”. Em casa, escreve dois livros – um sobre liderança e outro sobre a conquista do Complexo do Alemão, que chefiou pessoalmente e que considera como sua grande realização na corporação, "a missão cumprida". Além disso, retomará o trabalho na área que domina.

“Estou me dedicando à família e ao projeto da Secretaria de Políticas Públicas de Segurança em Três Rios (cidade de 77 mil a 125 km do Rio de Janeiro), que vou assumir”, descreve.

Juíza Patrícia Acioli foi assassinada na porta de casa
em Niterói. (Foto: Reprodução / TV Globo)

Sem mandante?
Sobre a morte da juíza Patrícia Acioli, Mário Sérgio aponta diversos fatores que podem ter interferido no assassinato.

"Foi uma ação cruel, covarde, sem chances de defesa da vítima. Mas várias pessoas não gostavam dela, não sei que motivos poderiam ter, talvez vingança. O tenente e o cabo tiveram a prisão decretada por ela no dia anterior. Por que é que precisa ter um mandante?", diz.

Ele, porém, diz que "não se arrepende" de ter deixado o cargo. "Aquele era um gesto moral que entendi como absolutamente necessário na ocasião. No hospital, as informações que me chegavam eram de que havia provas do envolvimento do Oliveira no assassinato e eu não podia permitir que a responsabilização por meus atos respingasse em outras pessoas. Mas, hoje, a conclusão que tenho é diferente. Se tivesse o conhecimento que tenho agora sobre o que houve, não pediria para sair”, desabafa.

"Fui eu quem escolheu cada comandante de unidade. Fui eu quem tirou o Cláudio Oliveira da área administrativa e colocou no batalhão de São Gonçalo, onde estava conseguindo reduzir os índices criminais e a guerra entre facções. Ele tem uma experiência operacional grande”, defende Duarte.

Os dois se conheciam desde que fizeram juntos o curso do Batalhão de Operações Policiais (Bope) em 1989. O destino fez que a carreira dos dois tomasse rumos diferentes e que o ex-colega "caveira" viesse a ser subordinado a Duarte em 2009, quando assumiu a corporação. “Eu tinha um relacionamento com o Cláudio igual ao de outros comandantes de batalhão, mas sempre tive uma preocupação maior com a área dele porque sou filho de São Gonçalo, frequento a igreja lá, minha filha mora lá, servi como capitão e como major naquele batalhão. Tenho uma ligação maior com a área”, relembra.

Duarte admite ter sido ele que, como comandante-geral, retirou os homens que atuavam na segurança de Accioli. “A juíza não tinha escolta, eles não atuavam como escolta dela, estavam à disposição da vara, em plantão diferenciado. Foi o próprio coronel Cláudio, como comandante do batalhão da área, que concedeu porque ela fez um pedido solicitando os PMs extras. Ele (o coronel Cláudio) deu e eu tirei porque estavam irregulares, fora do convênio que a PM tem com o Tribunal de Justiça. Ela deveria ter pedido ao TJ-RJ os policiais, e não à PM. Outros juízes no passado já tinham feito isso e as irregularidades também foram sanadas”, relembra o ex-comandante.

Defesa x Acusação
Os advogados dos 11 PMs acusados pela morte da juíza interpuseram diversos recursos tentando transferi-los de prisão e modificar a sentença que decidiu submetê-los ao Tribunal do Júri de Niterói. A posição da defesa dos acusados diverge da família da vítima, que vê o caso como premeditado e com a participação ativa de todos os envolvidos.

O MP diz que Oliveira prestou “auxílio moral à execução” quando, ao ter conhecimento da ideia do tenente de matar Patricia, além de “omitir-se”, “instigou e estimulou-o" na ação, afirmando que “seria um favor” que o subordinado lhe faria se acabasse com a juíza. O consentimento do superior foi denunciado pelo cabo da PM Jeferson de Araujo, também preso por participar do crime. Já o tenente e o cabo Sérgio Júnior são acusados de planejar e executar a emboscada.
Carro da juíza Patrícia Lourival Acioli foi alvejado por
tiros (Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo)

Oliveira na época comandava o 7º Batalhão da PM (São Gonçalo), área em que a juíza buscava reprimir grupos de extermínio e ações policiais ilegais. O tenente Benitez era subordinado direto de Oliveira, chefiando o GAT (Grupo de Ações Táticas) da unidade e trabalhando com os cabos Araujo e Sérgio.

Na véspera de ser assassinada, Acioli havia decretado a prisão dos três por uma morte em que eles teriam forjado uma falsa resistência de um suspeito.

"Rivalidade antiga"
“Esse tenente-coronel tinha uma rixa há mais de 20 anos com a Patrícia. Ele a prendeu durante uma confusão no Maracanã durante uma partida de Brasil e Chile. A Patricia nem era juíza na época e o Cláudio era tenente. Ele foi processado por ela por abuso de autoridade e condenado em primeira instância. Desde então, ele tem mais de 10 processos na carreira. O primeiro foi pela Patrícia e o último também, em que é acusado pela morte da Patrícia”, acusa o advogado da família Acioli, Tecio Lins e Silva.

Ele concorda em partes com a visão do ex-comandante da PM do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, sobre falta de provas. “Prova de que ele mandou matar ou ele dando a ordem ou participando da execução não tem”, diz. “Mas os PMs que executaram eram da confiança dele, o tenente falava com o Cláudio diariamente, várias vezes ao dia, e era o seu braço direito. Todo mundo sabia que a Patrícia investigava os crimes e a corrupção no batalhão. Ela tinha prendido vários PMs da unidade e ia acabar chegando nele (no tenente-coronel)”, defende o defensor da família.
Manuel de Jesus Soares, advogado do tenente-coronel Oliveira, acredita que seu cliente foi preso apenas por “questões políticas” e “porque ele era o comandante dos PMs” acusados. “Entrei com recurso no TJ-RJ contra a pronúncia, devido à inexistência de provas, e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a transferência dele para o Rio. A prisão preventiva dele não tem fundamento jurídico e nem necessidade”, defende.
Ordem para a execução
O defensor público Jorge Alexandre que defende o cabo Sérgio, o único que mantém até então a delação premiada e é réu confesso do crime, admite que não tem provas “efetivas” de que o tenente-coronel Cláudio deu a ordem para a execução.

“Meu cliente dá a entender que o Cláudio sabia, mas provas efetivas não têm. Há provas circunstâncias que levam a crer ou a entender que o coronel soubesse, mas não que ele tenha ordenado”, diz. “O único que deu detalhes de que o coronel sabia e orientou foi o cabo Jeferson, mas que depois voltou atrás na Justiça e disse ter sido obrigado pelos policiais a assinar a confissão”, acrescenta o defensor.
“Há uma delação premiada que ele assinou na delegacia, mas diz que foi coagido a isso e mudou em juízo, negando que tenha dito isso. O Jeferson diz que ouviu dos policiais que, se não assinasse, seria transferido para um presídio, e hoje está em Bangu 1, que é um presídio de alta periculosidade e correndo risco de vida”, diz a advogada do cabo Araujo, Andrea Perazoli.
“O Jeferson nega o crime e falou em juízo que não sabe de nenhum envolvimento do tenente-coronel Cláudio nisso, que mandaram ele falar (que havia)”, acrescenta Andrea, que pediu a transferência do praça para a penitenciária da PM, onde teria maior segurança.
Já a defesa do tenente Benitez afirma que ele “só falará no plenário do júri”. “Ele nega qualquer tipo de participação e desconhece a participação de outras pessoas, tampouco fala sobre o Cláudio. Meu cliente desconhece e refuta todas as acusações feitas pelos cabos na delação premiada”, diz o advogado Zoser Hardman.
G1 questionou o Tribunal de Justiça do Rio sobre a fundamentação da prisão e foi informada que o juiz Fábio Uchôa, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, e que decretou as prisões, será responsável pelo júri e não pode se manifestar sobre o caso.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Corpo de cabo da PM morto na Rocinha é sepultado


RIO - Cerca de 300 pessoas, entre elas familiares, amigos e policiais militares, acompanharam, na manhã desta quinta-feira, o enterro do cabo Rodrigo Alves Cavalcante, de 33 anos, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Norte da cidade. Ele foi morto na madrugada de quarta-feira na Rocinha, após ser baleado quando fazia patrulhamento a pé no alto da comunidade com outros sete policiais. Ele foi a nona vítima na favela desde fevereiro e o primeiro policial assassinado em uma comunidade pacificada. O comandante da Polícia Militar, Erir Costa Filho, esteve no cemitério e, na sua avaliação, a morte do policial foi uma fatalidade. O comandante disse ainda que não haverá recuo na política de segurança pública de pacificar as comunidade:
- Eu peço à comunidade que confie na PM e passe informações para nos ajudar a dar liberdade para a Rocinha. Não haverá meio termo. Vamos continuar com a política de segurança pública do governo do estado, que é dar paz ao nosso Rio de Janeiro.
Muito emocionado, o cabo reformado da PM Osaibe Cavalcante, pai do policial assassinado e que já teve dois outros filhos mortos pela violência, desabafou, mais uma vez, que um pai está preparado para ser enterrado pelo filhos e não ao contrário:
- Essa nossa justiça é podre. Vagabundo (sic) mata e quando chega na delegacia tem até quatro advogados para defendê-lo. E imediatamente é posto em liberdade. Agora, quando acusam um policial, a polícia cai em cima dele e decretam logo a prisão.
O cabo da PM foi sepultado com honras militares. Segundo amigos, Rodrigo era um bom filho, sem vícios e, vascaíno, gostava de futebol. Divorciado, deixou uma filha de 11 anos.
Na tarde de quarta-feira, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, disse em entrevista coletiva na sede da Secretaria de Segurança, na Central do Brasil, que apesar das recentes mortes na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, ele "não vai se afastar um milímetro do programa das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora)".
COMENTÁRIO:
Desejamos a família do PM nossas condolências e o reconhecimento do esforço deste verdadeiro "HEROI " embora seja tão valorizado pelo GOVERNADOR DO RJ E A PRÓPRIA INSTITUIÇÃO PMERJ.
 Afinal é somente mais um sol que nasce no céu para a literatura e mais um número para a estatísticas do GOVERNO.

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA VEM AO RJ DIA 29/03 PARA INVESTIGAR ILEGALIDADES E EXCESSOS COMETIDOS PELO GOVERNO CONTRA BOMBEIROS E PMs GREVISTAS.


Hora extra na segurança


Gratificação vai de R$ 112,50 a R$ 375 para agentes, policiais militares e bombeiros

POR PRISCILA BELMONTE
Rio -  Decreto assinado pelo governador Sérgio Cabral, publicado ontem no Diário Oficial do Estado do Rio, autoriza policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários a fazerem horas extras. O Programa Mais Polícia regulamenta condições para que as quatro categorias possam trabalhar durante as folgas. A gratificação, que vai de R$ 112,50 a R$ 375, será paga de acordo com a classificação funcional e com a duração do turno adicional, conforme mostra tabela abaixo.
Foto: Reprodução
Arte: O Dia
Os profissionais poderão participar de programas específicos que envolvam grandes eventos esportivos, além de projetos estabelecidos por convênios com entidades daadministração indireta estadual, municípios e concessionárias de serviços públicos.
Só serão considerados turnos adicionais os que excederem a 40 horas semanais de expedientes regulares. O policial civil, policial militar, bombeiro militar ou agente penitenciário que estiver trabalhando sob regime de escala não poderá realizar mais do que 96 horas efetivas de turnos adicionais a cada 30 dias, obedecendo o intervalo mínimo de 8 horas de repouso entre os serviços.
Caso trabalhe sob regime de expediente, o profissional não poderá realizar mais do que 72 horas efetivas de turnos adicionais a cada 30 dias. Só poderão ser incluídos nos programas policiais civis, policiais militares, bombeiros militares e agentes penitenciários que estiverem em exercício nos órgãos de origem ou lotados nas secretarias às quais se subordinam ou se vinculam a seus órgãos.
JÁ SÃO DOIS PROGRAMAS
Com o decreto publicado ontem, o governo estadual do Rio passa a contar com dois programas que ajudam na gestão de efetivo da área de Segurança Pública: o Mais Polícia e o Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), da Secretaria de Segurança. Entre as empresas conveniadas com o Proeis estão Supervia e Light.
comentários :
Engraçado, o próprio Governo do RJ se contradiz pelo fato de pagar mais no extra do que no serviço normal do servidor da segurança pública.... isto é uma vergonha, cada dia mais o PM,BM,PC E AP
tem menos tempo de descanso, depois não reclama que o número de servidores que baixam na psiquiatria está elevado....qualidade no serviço de segurança não existirá...como pode ter dinheiro para pagar o extra e não ter para pagar o salário digno de um agente da lei. 
Governador e Filósofos da vida expliquem isto....se puderem.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Secretário de Segurança comentou morte de policial e disse que é necessário manter o planejamento para a Rocinha



POR FLAVIO ARAÚJO
Rio -  A morte do cabo da Polícia Militar Rodrigo Alves Cavalcante, de 32 anos, não vai alterar o planejamento da Secretaria de Segurança para a Favela da Rocinha. É o quegarantiram, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o comandante da Polícia Militar, Erir Ribeiro Costa Filho, e achefe da Polícia Civil, Martha Rocha.
"Ninguém aqui vai trabalhar com gosto de sangue na boca. Existe um planejamento para a Rocinha", explicou Beltrame.
Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Major exibe foto do suspeito aos policiais | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Beltrame reconheceu os problemas enfrentados durante o processo de pacificação da favela da Zona Sul da cidade. De acordo com o secretário, uma das principais dificuldades para neutralizar a influência dos criminosos nesta região é a topografia, além do longo tempo que a Rocinha passou sob o domínio do tráfico.
"Não vamos desfazer em quatro meses o que a ditadura do tráfico fez em quatro décadas. Tudo que o inimigo da paz quer é que recuemos. Isto não vai acontecer de forma alguma", afirmou, enfaticamente.
Beltrame reconheceu que houve problemas em todas as áreas onde foram instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Ele acredita, no entanto, que as UPPs são absolutamente necessárias para que estas áreas não sejam dominadas por bandidos.
A PM vai manter a partir de sexta-feira cerca de 180 homens por turno no patrulhamento a pé, com motocicletas, de carros e a cavalo, o que representa um aumento no efetivo. A corregedoria da PM investiga ainda a denúncia de corrupção de agentes do Batalhão de Choque. Policiais teriam recebido propina para fazer "vista grossa" para o funcionamento do tráfico nas regiões da Rocinha e do Vidigal.
Enterro do PM
O corpo do PM morto na Favela da Rocinha, será sepultado nesta quinta-feira, às 10h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. Rodrigo foi morto no início da madrugada desta quarta-feira, durante patrulhamento na comunidade.
Segundo a PM, Edilson Tenório de Araújo é o principal suspeito do crime. Ele abandonou uma mochila com documentos e munição 9 milímetros, a mesma que matou o militar, após ter atirado no policial. Edilson ainda conta com duas passagens por tráfico de drogas.
"Os policiais contaram que o cabo Rodrigo foi abordar um homem em atitude suspeita e mandou que ele parasse. O suspeito correu e atirou para trás. Foi quando o policial foi atingido. O homem fugiu e abandonou a mochila. Não foi uma ofensiva contra a Polícia Militar, o bandido tentou se proteger", disse o major Edson Santos, coordenador de policiamento da comunidade.
O cabo Rodrigo foi baleado na axila durante um patrulhamento na comunidade, ocupada pelas forças de segurança desde novembro do ano passado, após a prisão do então chefe do tráfico de drogas Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Socorrido por colegas no Hospital Miguel Couto, na Gávea, o PM não resisitiu ao ferimento. É a nona morte na comunidade nos últimos 39 dias.


Jornal do BrasilJorge Lourenço


A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio, foi convocada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Foi dela que partiu a decisão de mandar o cabo Benevenuto Daciolo, líder da greve dos bombeiros, para o Complexo Penitenciário de Bangu.
A convocação para a participação da juíza na audiência pública "As liberdades públicas e individuais e as afrontas ao Estado Democrático de Direito no estado do Rio de Janeiro" partiu do deputado estadual Paulo Ramos (PDT) e foi aprovada pelo presidente da comissão, Marcelo Freixo (PSOL). 
A Associação de Magistrados da Justiça Militar, a Ordem dos Advogados no Rio de Janeiro e a Associação Brasileira de Imprensa também participarão da audiência, para a qual o secretário de Segurança José Mariano Beltrame foi convidado. 
Além de aceitar o pedido de prisão preventiva de Daciolo, a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros também aceitou a denúncia dos 439 bombeiros que protestaram no Quartel-Central da Corporação no ano passado e, semanas depois, lhes negou o relaxamento de prisão. 

VIROU MODA EXPULSAR PMs POR LIBERDADE DE EXPRESSÃO .

Mais uma da Ditadura de Sérgio Cabral: Policial é expulso por usar Facebook



O soldado da PMERJ ( polícia militar do estado do Rio de Janeiro ) SAMUEL GONÇALVES DE ALBUQUERQUE JUNIOR (foto) foi excluído da corporação nesta semana pelo simples fato de que postou em seu facebook textos e imagens favoráveis à greve dos policiais e bombeiros no mês de fevereiro.

Que ARBITRARIEDADE é essa do comandante da polícia militar do rio de janeiro ?

Tirar o emprego de um pai de família,somente porque o mesmo expressou suas opniões sobre a greve no facebook... é isso mesmo sr. comandante geral da PMERJ Coronel Erir Costa Filho?

Onde está a liberdade de opnião deste cidadão,prevista na constituição federal brasileira ?

Agora é assim que funciona : o comandante geral da polícia do Rio de Janeiro rásga a constituição e fica por isso mesmo ?

Que estado de democracia é este senhores,onde um policial militar não pode se quer expressar o que pensa a respeito de algo?

Leia a matéria completa no Blog da Verdade

Projeto de lei que aborda anistia para policiais e bombeiros tramita na Câmara


O projeto de lei 3579/2012, de autoria do deputado federal Mendonça Prado (DEM/SE), aborda a anistia para os policiais e bombeiros militares envolvidos em movimentos paredistas no Brasil. Com o propósito de anistiar os atos que foram praticados por militares durante os movimentos de 2011/2012, o projeto foi apresentado no dia 29 de março e tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília.
A diretoria executiva da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará, por meio de sua assessoria de comunicação, entrou em contato com o deputado federal Mendonça Prado. O autor explicou que já havia um projeto anterior em trâmite, que versa sobre a anistia aos policiais e bombeiros militares do Estado de Sergipe que participaram de movimentos reivindicatórios.
Mas, por abordar apenas a anistia aos militares de Sergipe, o deputado resolveu incorporar os PMs dos outros estados e apresentar um novo projeto. “Inicialmente, nós havíamos entrado com uma emenda a esse projeto já existente. Agora, nós resolvemos entrar com um novo projeto, mais completo, que aborda também policiais do Ceará e de outros estados brasileiros”, diz o deputado. O projeto dispõe sobre a concessão de anistia a policiais e bombeiros militares dos Estados do Maranhão, da Bahia, do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro.
O deputado explica ainda que os movimentos paredistas dos policiais devem ser tratados como reivindicação dos trabalhadores. “Nós atualmente vivemos um novo momento. Esses movimentos reivindicatórios devem ser vistos sob uma nova ótica, sendo uma nova realidade das forças policiais do Brasil”, diz o deputado federal.
O projeto
Conforme explica a justificativa do projeto, “é inadmissível que cidadãos que trabalham diariamente em prol da segurança da população sejam chamados de ‘irresponsáveis’ e punidos por exigirem melhorias na estrutura de trabalho compatível com o grau de risco de suas profissões e de salários dignos”.
Ainda de acordo com a justificativa do projeto, “com a Promulgação da Constituição Federal de 1988, chamada de Constituição Cidadã, as entidades de classes passaram a reivindicar melhores condições salariais e de trabalho. Por entender que todos os cidadãos são iguais, como preceitua o Artigo 5º de nossa Carta Maior, os policiais e bombeiros militares também merecem ter seus direitos resguardados, e a gestão e comandos modernizados.”
Para ler o texto integral do Projeto de Lei e acompanhar o trâmite, acesse o site da Câmara dos Deputados.

Taques quer audiência para debater unificação das polícias Civil e Militar


As Polícias Civil e Militar poderão ser unificadas. A proposta da criação da Polícia do Estado é do senador mato-grossense Pedro Taques (PDT) que pretende realizar, ainda neste ano, audiência pública para debater exclusivamente sobre o assunto. Para ele, que é presidente da Subcomissão de Segurança Pública do Senado, apesar da atividade ser essencial no desenvolvimento da sociedade, a organização das polícias no país possui distorções.

Mesmo defendendo as mudanças estruturais das corporações, o parlamentar ponderou que elas devem ser realizadas levando em conta um período de transição e, alertou também que um estudo criterioso sobre a estrutura da segurança pública deve ser desenvolvido. O senador deve analisar, ainda, todos os projetos voltados para o aprimoramento da segurança que estão tramitando na casa para, posteriormente, pedir celeridade.

Na última semana, Pedro discutiu sobre a unificação com representantes de entidades ligadas à segurança pública. Agora, conforme assessoria, o Sindicato de Investigadores da Polícia de Mato Grosso; o de Policiais Civil de Goiás e Federação Interestadual dos Policiais Civis Norte e Centro-Oeste (Feipol), devem enviar uma pauta de assuntos prioritários para que o senador avalie os pleitos junto aos demais parlamentares membros da subcomissão.