quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

COMO MORDER O PRÓPRIO CALCANHAR

Reunião na Alerj termina na delegacia


Uma reunião para discutir o reajuste salarial de militares do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar terminou na delegacia, na noite desta terça-feira, após uma confusão entre quatro deputados estaduais, um vereador e homens apontados como sendo agentes do Serviço Reservado (B2 e P2) das duas corporações.
Segundo os parlamentares Geraldo Pudim (PR) e Janira Rocha (Psol), que participavam da reunião na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), cerca de 100 bombeiros foram fotografados, filmados e intimidados no auditório e nas escadarias da Casa por militares que estavam à paisana e sob ordens de um coronel dos Bombeiros.
“Contamos 32 agentes que fotografavam e intimidavam quem saía da reunião. Um absurdo. Dei voz de prisão a todos eles, que depois se recusaram a ir à delegacia da Mem de Sá (5ª DP), onde registramos o caso como ‘abuso de poder’. Queremos saber se o presidente da Casa (Paulo Melo, do PMDB) sabia da entrada deles”, disse Geraldo Pudim.
Quem foi identificado por estar na reunião com certeza sofreria punições severas no quartel”, lembrou Janira Rocha, que também esteve na 5ª DP, com o vereador Márcio Garcia (PR). O DIA

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

BRASIL O PAÍS DA CORRUPÇÃO

Auditoria detecta desvios de R$ 23,5 milhões em cinco hospitais do Rio



A maior fraude ocorreu quando o secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, comandava uma das unidades



Em qualquer supermercado mediano no Brasil, o litro do leite, integral ou desnatado, custa pouco mais de R$ 2. A garrafa pequena de água mineral pode ser facilmente encontrada por menos de R$ 1. Pelas regras básicas da economia, se a compra desses ou de quaisquer outros produtos se der em grande escala, no atacado, os preços tendem a ser menores. Mas essa lógica não necessariamente se aplica aos hospitais federais do Rio de Janeiro, onde um esquema formado por funcionários e donos de quatro empresas praticou fraudes em processos de concorrência durante anos. De acordo com uma nova auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) concluída em novembro, a que ÉPOCA teve acesso com exclusividade, cinco hospitais e órgãos federais ligados à saúde no Rio de Janeiro foram lesados em pelo menos R$ 23,5 milhões entre 2005 e o ano passado. Mercadorias superfaturadas, serviços pagos e não prestados e licitações de cartas marcadas estão entre os crimes detectados pela CGU.
No meio do imbróglio está o atual secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes. Antes de ir para o governo, Côrtes dirigiu por cinco anos, de 2002 a 2006, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Foi no Into que se verificou a maior fraude, de R$ 21,2 milhões. As três empresas que participaram do esquema no Into foram contratadas na gestão de Côrtes e causaram prejuízo ao hospital ao longo de vários anos. Uma delas, a Padre da Posse Restaurante Ltda., chegou a ser dispensada de licitação – foi contratada a convite da direção do hospital. A Padre da Posse forneceu ao Into água mineral superfaturada, com sobrepreço de 219% por garrafa, de acordo com os técnicos da CGU. Enquanto cada unidade de 600 mililitros deveria sair por R$ 0,77, o preço cobrado do hospital foi de R$ 2,46. Ao todo, a Padre da Posse Restaurante desviou mais de R$ 3,8 milhões do Into ao fornecer mercadorias – além de água, outros itens de alimentação – acima dos preços de mercado.
O maior dano ao Into foi causado pela Rufolo Empresa de Serviços Técnicos e Construções Ltda., uma empresa cujo amplo campo de atuação inclui fornecimento de lanches, desinsetização, abastecimento de fio dental, manutenção predial, limpeza e conservação. Os técnicos da Controladoria identificaram contratação de serviços sem necessidade comprovada, serviços contratados sem a comprovação de que tenham sido prestados e preços aprovados de acordo com as propostas encaminhadas pela própria Rufolo, ou por outras empresas com vínculos familiares e societários com a Rufolo. De acordo com a CGU, os prejuízos causados pela Rufolo ao Into alcançaram R$ 16,9 milhões. Outra empresa que também fraudou o hospital foi a Toesa. Ela cobrou valores acima do mercado na locação de ambulâncias e veículos de passeio. O sobrepreço calculado pela CGU, nesse caso, foi de R$ 522 mil.
O Into é um centro de referência no tratamento de doenças e traumas ortopédicos de média e alta complexidade. Conta com um banco de ossos e administra uma enorme fila de espera por transplantes. Apesar de sua importância na área de saúde, não é a primeira vez que se encontra no epicentro de fraudes. A Procuradoria da República apontara desvios de R$ 6,4 milhões entre 1997 e 2001 e denunciara 11 pessoas por formação de quadrilha.
Diante do quadro de corrupção, um jovem cirurgião ortopédico assumiu o Into em 2002, com a missão de combater o esquema e evitar novos roubos. Exatamente ele, Sérgio Côrtes, então com 37 anos. Côrtes sofreu represálias. Foi ameaçado de morte, e seu gabinete teve de ser vasculhado após uma ameaça de bomba. Côrtes chegou a recorrer a proteção policial. Agora, a suspeita de fraude ronda justamente sua gestão no Into, que ele deixou para assumir a Pasta de Saúde do Estado e virar um dos secretários mais próximos ao governador Sérgio Cabral (PMDB).
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Mexeu com o Brasil, mexeu comigo!

Muito bom o mote para as manifestações de rua contra a politicagem e a roubalheira. “Mexeu com o Brasil, mexeu comigo”. Alguns céticos demais reclamam que tais protestos adiantam nada. A petralhada e seus comparsas não pensam assim. Tanto que já ficaram PTs da vida pelo fato da oposição nas redes sociais lhes ter roubado o slogan “mexeu com Lula, mexeu comigo”. Os fanáticos seguidores do $talinácio não têm mais jeito mesmo...
Os protestos começam a crescer e a arregimentar mais gente, devagarinho. No sábado, em São Paulo, fez barulho e até rendeu nota na mídia mais uma manifestação pedindo a saída do presidente do Senado, Renan Calheiros. Os manifestantes conseguiram fechar a Avenida Paulista por alguns instantes. Como a maioria dos paulistanos já se acostumou a engarrafamentos, da mesma forma com que é roubada pelos governos, o cotidiano não foi tão afetado. Pouco a pouco, os agitos de rua, mobilizados virtualmente, conseguem mais adesões reais. Excelente!
De mal a pior é a situação de Lula – que já foi um mito em que nenhum ataque colava ou incomodava. Atualmente, ele perde a linha facilmente. Vide o que aconteceu na saída da festinha de 10 anos do PT no trono presidencial da nossa federação de mentirinha. Um repórter resolveu interpelar Lula pelo discurso feito por ele como militante e combatente da corrupção.
O jornalista apenas indagou, no meio do bolo de gente em torno da endeusada figuraça: Presidente, se o senhor resolveu falar contra a corrupção, quando é que o senhor vai falar alguma coisa sobre o caso Rosemary, na Operação Porto Seguro? Ou vai fazer como a Cristina Kirchner, na Argentina, e nada declarar sobre escândalos que afetam diretamente sua figura?”.
A reação do coitadinho do $talinácio foi a de sempre. Perdeu a linha, xingou o repórter, e tentou gritar palavras que ninguém conseguiu escutar direito, enquanto era providencialmente retirado de cena por seguranças e puxa-sacos. O pobre Lula, embora rico, não tem mais voz com a mesma potência de antigamente. Mas para nada atrapalhar, assessores dele pediram, gentilmente, aos repórteres que nada divulgassem sobre o incidente. Os editores dos jornais, revistas e televisões obedeceram, amestradamente, como de costume...
Lula tem uma preocupação, além da saúde e do monstrinho parido da Rosemary na Operação Porto Seguro. A sucessão presidencial já lhe rende dores de cabeça, apenas do discurso triunfalista de que Dilma já ganhou a reeleição. Lula ficou sabendo que o ex-Presidente do Banco Central, Armínio Fraga, será o futuro ministro da Fazenda, se o Aécio Neves ganhar a eleição.
Lula se borrou porque, até outro dia, Fraga era cotado para substituir Guido Mantega. Chegou a ser sondado e quase convidado, mas recusou entrar para o governo do PT. A presença de Fraga no jogo eleitoral assusta Lula e a petralhada. Eles sabem que o economista e empresário pode fazer a diferença na captação de recursos para campanha e, principalmente, no apoio decisivo da Oligarquia Financeira Transnacional (os apostadores que garantem o resultado da corrida presidencial).
Lula tem outras preocupações adicionais, além de Fraga no time tucano. Eduardo Campos já começa a se destacar nas pesquisas não divulgadas pelo Norte-Nordeste. Lula lamenta a perda deste aliado que, na disputa, tira votos da candidatura petista. Outro medo dele é para onde pende o PMDB. Por isso, o genial $talinácio já até montou uma “intervenção” para garantir o apoio ao seu time. E quem levou o golpe? Ninguém menos que Michel Temer.
Se depender de Lula, o atual vice-Presidente não repete a chapa-quente com a Dilma. Lula já armou com peemedebistas mais chegados que Temer precisa ser galgado à Presidência – só que do PMDB. Na visão lulista, o vice ideal de Dilma é seu amigo e parceirão Serginho Cabral. Claro, se nada ocorrer de errado contra ele até o final do ano. Será que o maçom Michel Temer, que responde diretamente aos irmãos da Grande Loja Unida da Inglaterra, vai gostar de ser jogado às traças na sala dos passos perdidos?
Além de temer uma reação mais dura do Temer, Lula tem pavor de problemas na área econômica. Por isso, acertou com Dilma para que seu querido amigo Guido Mantega pegue uma pastinha e saia viajando pelo mundo a procura de recursos – para a campanha eleitoral, claro, e para investimentos em setores que o governo não decola, como aeroportos, portos, energia, trem-bala e infraestrutura logística em geral.
Assim, torna-se apenas um factóide morto a ideia de lançar Mantega ao governo de São Paulo. Lula acha que o candidato ideal é si mesmo. Mas, se concorrer a alguma coisa em 2014, deve disputar o Senado – tirando o docinho do Eduardo Suplicy, que já deu a senha: só não disputa se for para ceder o cargo para um homem – Lula, é claro... Como $talinácio pode precisar de imunidade e foro privilegiado, por causa do Rosegate, o chato emprego de senador por 8 anos pode lhe resolver os “pobremas”.
Lula só não está pior que o Hugo Chávez. Nosso líder é um vivo que continua se fazendo de morto sobre o Rosegate. O boliviariano, afilhado dos irmãos Fidel e Raúl no Foro de São Paulo, continua um moribundo que a marketagem socialista dos venezuelanos tenta manter vivo. Patético foi a Dilma dar uma de médica e comentar que o estado de Chávez está em evolução... Vai ver a Dilma já acredita que ir para o céu – ou para o inferno, dependendo da ótica religiosa-política – signifique evoluir...
Artigo no Alerta Total
 
Hugo Chávez já morreu. Tecnicamente falando, com certeza. O governo da Venezuela só espera o momento mais adequado para anunciar a ida do grande lider da revolução bolivariana desta para uma outra. Mas o espectro do mito Chávez continuará assombrando a América Latina. Filhotes dele continuam mais vivos que nunca na terra dele, na Argentina, no Uruguai, no Equador, na Bolívia, em Cuba e no Brasil.
Como se não bastassem os problemas já existentes, o governo ainda cria dificuldades desnecessárias. Vide o caso do hediondo patrulhamento ideológico contra a blogueira cubana Yoani Sánchez. A mocinha passaria despercebida pelo Brasil, apenas com meras notinhas de imprensa, se o PT não tivesse armado covardes manifestações contra a opositora estranhamente consentida pela ditadura dos Castro nada puros. Agora, o affair Yoani até repercute mal entre investidores internacionais – que já temem que o Brasil entre na onda comuno-anti-liberal da Argentina, da Bolívia, da Venezuela e do Equador...

Enquanto o pirão desanda, nós, os otários, pagamos a conta da ópera bufa. O Globo deste domingo informa que metade dos contribuintes já paga Imposto de Renda no Brasil. Na verdade, o que chamam de IR é um covarde ISS (Imposto sobre o Salário). Quem tem renda à vera ou a vero dribla, facilmente, o Leão faminto. Nosotros - o povinho romano assalariado - temos o rabo comido implacavelmente pelo bicho da Super Receita. Trata-se de um roubo dentro da lei...
Por tudo isso, temos o dever cívico, moral e pragmático de protestar, do jeito que der, contra mandos e desmandos, roubos e falcatruagens, do Governo do Crime Organizado.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O "FOGO AMIGO" CONTINUA EM QUARTEIS MILITARES NO RJ

Bombeiros espionam Facebook e e-mails para prender militares que criticaram a corporação



Justiça Militar quer saber como mensagens privadas foram parar com a Corregedoria do Corpo de Bombeiros. Grupo de 19 enfermeiros passou quatro dias em detenção


Na última segunda-feira, um grupo de 20 bombeiros militares do Rio de Janeiro foi surpreendido com ordens de prisão. Todos são enfermeiros da corporação, encarregados, por exemplo, de socorrer vítimas de acidentes nas estradas. O erro que motivou a punição: todos debatiam, pelo Facebook e por e-mail, questões consideradas internas dos quartéis. Os 20 passaram quatro dias detidos em vários batalhões e foram libertados na quinta-feira, por força de uma liminar expedida pela Justiça Militar, assinada pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, concedendo habeas corpus ao grupo.
A decisão da juíza, em face do pedido do advogado Carlos Azeredo, que representou um dos bombeiros, virou o feitiço contra o feiticeiro. Para a magistrada, as provas apresentadas pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros para embasar as prisões foram colhidas de forma ilegal, pois os e-mails, as páginas de Facebook e todas as mensagens trocadas pelo grupo são privados, não passíveis de monitoração pela instituição militar. Diz a juíza, em seu despacho: “O ilustríssimo corregedor interno da corporação determina a instauração da sindicância para apurar conduta dos militares envolvidos, visto que os mesmos postaram comentários inadequados em rede social, bem como através de e-mail, tornando público comentários que concorrem para o desprestígio da corporação’, tudo sem mencionar como foram obtidos tais comentários e conteúdos de e-mails”.
A juíza ainda faz uma observação: “Ressalte-se, o e-mail em tela não pertence à corporação, não se trata de e-mail funcional, mas sim privado, pertencente ao Hotmail. Sequer no relatório da Sindicâncias encontra-se demonstrado como foram acessados o grupo fechado no Facebook e os e-mails (...)”.
A página em questão, denominada GSE CBMERJ - sigla de Grupo de Salvamento e Emergência - Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro - foi criada com alguns cuidados. Entre eles o de deixar claro que o objetivo da iniciativa não era o de comandar greves ou ‘amotinar’ militares – um zelo para evitar que a iniciativa fosse confundida com o movimento grevista que resultou na prisão e na expulsão de bombeiros do Rio e da Bahia, em 2011. Uma cópia desses e-mails foi anexada ao processo. Na mensagem do dia 6 de setembro de 2012, a cabo Viviane Ferreira Carvalho, escrevendo para os colegas, diz o seguinte: “Não estou aqui propondo uma revolução, uma manifestação nem muito menos uma greve, odeio ser militar, mas somos, e tudo podemos propor e resolver com o regulamento, com leis e com normas que estão à disposição de todos”.
A bola, agora, está com a corregedoria. A juíza afirma, ainda, que o corregedor “deverá explicitar, especificamente, o modo como foram acessados o grupo fechado da rede social Facebook e a conta de e-mail pertencente a Viviane Ferreira Carvalho”.
Em resposta à reportagem do site de VEJA, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro respondeu que as prisões foram decididas pois "surgiram indícios do cometimento de condutas irregulares por parte dos militares. Diante dos indícios, foi instaurado procedimento apuratório em que ficou configurado o cometimento das seguintes transgressões disciplinares: proferir ofensas contra o comandante de suas unidades através de grupo de rede social virtual; e disparar correspondência eletrônica incitando quebra na cadeia de comando e desrespeito do comando de suas unidades.
A corporação não explica como a corregedoria teve acesso às mensagens pessoais e ao grupo fechado do Facebook. "Este esclarecimento será feito à Auditoria de Justiça Militar do Rio de Janeiro", limita-se a informar a assessoria dos bombeiros. REVISTA VEJA

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO TENTA ESCONDER VIAGENS FEITAS POR ELE

Sérgio Cabral omitiu 35 dias de viagens ao prestar esclarecimentos sobre as viagens internacionais que ele fez em seu primeiro mandato



Documentos obtidos pela Folha com base na Lei de Acesso à Informação mostram que, de 2007 a 2010, o governador ficou pelo menos 134 dias no exterior ao participar de 27 missões oficiais.
Em maio do ano passado, nota preparada pela assessoria de Cabral informou que o governador passara 99 dias fora do país -ou seja, 35 dias a menos do que revelam os documentos obtidos agora.
A nota divulgada no ano passado foi uma resposta a um questionamento feito pela Folha na época em que foram divulgadas fotos de Cabral com o empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, em Paris.
Os documentos obtidos agora são processos administrativos que aprovaram o pagamento de diárias para Cabral e as pessoas que o acompanharam nessas viagens.
Das 27 missões oficiais realizadas no período, foram liberados relatórios referentes a vinte. Em seis viagens, não houve pagamento de diárias. O governo não liberou o processo referente a uma viagem, sem dar justificativa.
Questionada sobre a divergência entre os relatórios e as informações prestadas há um ano, a assessoria de Cabral afirmou que em 2012 só divulgou datas em que o governador teve compromissos "que mereceram publicidade".
Os documentos obtidos pela Folha mostram que, em três viagens à Europa, Cabral recebeu diárias dos cofres públicos por períodos em que não havia nenhum compromisso oficial em sua agenda.
Isso ocorreu na viagem de setembro de 2009 a Paris, em que Cabral e assessores foram fotografados ao lado de Cavendish. Ele recebeu R$ 6.384 em diárias por essa viagem.
Embora seus compromissos oficiais só tivessem início em 14 de setembro, o governador embarcou no dia 10 para Paris e recebeu diárias pelos três dias que passou na cidade antes da missão oficial.
A assessoria de Cabral diz que ele participou nesses dias de encontros preparatórios para a apresentação da candidatura do Rio como sede da Olimpíada de 2016, mas os documentos não fazem referência a essas reuniões.
O mesmo ocorreu em duas outras viagens do governador, para Paris e Londres, em 2008. Ele embarcou bem antes do início de seus compromissos oficiais e recebeu recursos públicos para cobrir suas despesas nesses dias.
O relatório sobre outra viagem, que levou Cabral a Davos, na Suíça, em 2009, informa que antes ele passou em Paris, onde se hospedou num hotel que cobrava diária de US$ 350. Na Suíça, o hotel de Cabral cobrou US$ 95 por dia.
Os relatórios do governo mencionam os preços das diárias, mas não dão os nomes dos hotéis em que o governador ficou. De acordo com sua assessoria, Cabral precisou dormir em Paris para esperar uma conexão para a Suíça.
Os documentos obtidos pela Folha só têm informações sobre o primeiro mandato de Cabral porque o pagamento de despesas em viagens oficiais passou a ser feito com cartões de crédito corporativos, e não mais com diárias.
Seguindo padrão adotado pelo governo federal, o Rio classificou os documentos que detalham as despesas com os cartões como "reservados" e poderá mantê-los em sigilo por cinco anos.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

SE ESTA RUIM PARA O COMANDANTE GERAL DA PMERJ IMAGINA PARA OS PRAÇAS

Estado tenta impedir aumento de comandante da PM
O coronel Erir Ribeiro busca seus direitos com a ação na Justiça O governo do estado ingressou com dois recursos depois que, em dezem-bro de 2012, o  Tribunal  de  Justiça garantiu ao comandante da PM, Erir Ribeiro Costa Filho, uma Gratifica-ção  de  Encargos  Especiais  cujo o
valor pode ficar entre R$ 2.420 e  R$ 4 mil. A Procuradoria-Geral do Estado  (PGE)  informou  que  vai recorrer da  decisão  da  Justiça "en-quanto houver recurso cabível".

O motivo da insistência do estado é que, embora os advogados de Erir defendam que existe uma súmula — com várias decisões semelhantes — que garante o direito, a questão ainda encontra opiniões diferentes no judiciário. Nem todos os magistrados decidem da mesma maneira. Um exemplo dessa falta de consenso é que, há pouco mais de um mês, a 16 Câmara Cível negou a um outro coronel o direito à mesma gratificação. A decisão foi de um colegiado formado por três desembargadores. Erir obteve o direito por uma decisão monocrática (apenas um desembargador relator) da 14 Câmara Cível.
No caso da ação da 16 Câmara, o colegiado entendeu — entre outras coisas — que o autor não era coronel em 1994, quando a gratificação foi concedida a 57 oficiais da mesma patente. Em 1994, Erir também não. Era capitão. Só passou a ser coronel na segunda metade da década passada.
 
Novo julgamento
Por conta dessa divergência, um dos recursos interpostos pela PGE, na ação de Erir, foi no sentido de o voto do relator ser apreciado pelo colegiado da 14 Câmara. Essa análise pode acontecer na semana que vem. Os desembargadores poderão alterar a decisão novamente. Segundo o advogado do comandante da PM, Marcelo Queiroz, Erir pede gratificação de encargos no valor de cerca de R$ 4 mil. O estado paga aos coronéis que receberam o benefício, administrativamente, R$ 2.420. Erir também pede cinco anos de retroativos. Isso daria até R$ 240 mil.
 
PMs não aprovam processo de Erir
Nos quartéis, causou incômodo a iniciativa de Erir Costa Filho de ingressar na Justiça enquanto policiais precisam bater metas para ganhar bonificações.
— O salário dos policiais militares é dos mais baixos. É uma sacanagem (o comandante entrar na Justiça para aumentar o próprio salário). Tem que rir disso aí. E o salário dos policiais? Como fica? O policial tem que se privar do descanso para conseguir um dinheiro extra, fazendo bicos (RAS e Proeis). Deixo de ficar com a minha família para isso. Nesta semana, por exemplo, saí do plantão e trabalhei mais sete horas num batalhão — disse um soldado de 30 anos, solteiro e com um filho.
Outro soldado, também de 30 anos, reclamou:
— Ele entra na Justiça? Eu preciso fazer bico para a própria PM, mas o pagamento sempre atrasa. Neste mês, ainda não recebi.
Para Vanderlei Ribeiro, presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, Erir Costa Filho Ribeiro coloca o próprio cargo em risco:
— Não é comum um comandante da PM tomar uma medida dessas. Ele deveria ter coragem de dizer que o PM ganha salário de miséria. Deve estar reagindo assim porque está perto de cair. Ele pode perder o cargo, por interesse pessoal — criticou Ribeiro.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

CUIDADO CMT GERAL DA PMERJ, O GOVERNO COM O MINISTRO DE TURISMO FAZ O CARNAVAL E QUEM SAMBA É A CORPORAÇÃO COM POLICIAIS EMPENHADOS AO MÁXIMO E NENHUM RECONHECIMENTO, MAIS SIM RESPONSABILIZADOS. ATÉ QUANDO A PMERJ SERÁ FEITA DE BOBA!

REVISTA VEJA

Fiscalização precária no Cordão da Bola Preta colocou foliões em risco

Corpo de Bombeiros diz que não autorizou o desfile do bloco mais tradicional da cidade, mas também não evitou que evento ocorresse sem autorização

Desfile do bloco tradicional Cordão do Bola Preta na Avenida Rio Branco provoca tumulto e aperto, alguns foliões passaram mal

Desfile do bloco tradicional Cordão da Bola Preta na Avenida Rio Branco provoca tumulto e aperto, alguns foliões passaram mal (Adriano Ishibashi/Frame Photo)

Treze dias após a tragédia que matou 239 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria, o desfile de um dos mais tradicionais blocos cariocas, o Cordão da Bola Preta, quase termina em tragédia. O que liga os dois episódios é a falta de fiscalização do Corpo de Bombeiros que, no Rio, assim como no Sul do país, permitiu uma série de erros que colocaram em risco a vida de 1,8 milhão de foliões que participaram do desfile.

Ninguém viu que a instalação de grades na calçada da rua Evaristo da Veiga, fixadas pela primeira vez ao redor do Teatro Municipal para proteger o prédio, e em uma área reservada para transmissão do desfile pela TV Globo impediriam o escoamento dos foliões. Impedido de sair da Avenida Rio Branco, o público começou a ser empurrado contra as grades na chegada à Cinelândia, local onde o Bola conclui seu desfile, pela massa que vinha atrás do trio.

O Corpo de Bombeiros, que dias após a tragédia em Santa Maria anunciou intensificação da fiscalização das casas noturnas e boates da cidade, afirma não ter dado autorização para o desfile do Bloco da Bola Preta. De acordo com a nota enviada pela corporação, cabia aos organizadores dar entrada na Ficha de Avaliação de Risco em Evento (FARE), o que de acordo com a corporação não foi feito.

A corporação, no entanto, que conhece a exigência e sabe da importância de se verificar mecanismos de segurança para eventos com grande público, como rotas de escape, não trabalhou preventivamente. Não ter sido procurado pelo responsável do bloco não exime o Corpo de Bombeiros da responsabilidade de cobrar os mecanismos de segurança de um bloco amplamente divulgado, que desfila há 95 anos e que, segundo estimativa da prefeitura, reuniria cerca de dois milhões de pessoas.

Procurado, o presidente do Cordão da Bola Preta, Pedro Ernesto Marinho, afirmou ao site de VEJA que não falaria mais sobre o caso. De acordo com a assessoria de imprensa do Cordão da Bola Preta, a direção do bloco espera reunião com a Riotur e com o Corpo de Bombeiros para voltar a discutir sobre os problemas no bloco.

O secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Melo, disse em entrevista ao Jornal O Globo que a Polícia Militar, que estacionou três carros na rua Evaristo da Veiga, foi responsável pela dificuldade no escape dos foliões. Em desespero, os foliões invadiram e subiram nos carros para escapar do tumulto.

A assessoria de imprensa da Riotur afirmou que recebe a inscrição dos blocos e que, após a análise das datas, dos locais, percursos e da estimativa de público, autoriza o desfile. A aprovação da Riotur, no entanto, não descarta a necessidade de outras autorizações, como a do Corpo de Bombeiros, exigida para blocos que reúnem a partir de mil pessoas, e da Polícia Militar.

COTURNO CARIOCA

Bagunça organizada do PREFEITO EDUARDO PAES



Reeleito, Eduardo Paes dá continuidade ao carnaval de rua do Rio, seu carro-chefe. “Está cada vez melhor, mais organizado. Trata-se da manifestação espontânea do carioca e ela está se dando de maneira bastante civilizada”, contou o prefeito à coluna.
FONTE: ESTADÃO





AINDA TEM SOLUÇÃO, BRASIL

Vamos acabar com a folia dos ridículos?

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alertawww.fiquealerta.net
Por Jorge Serrãoserrao@alertatotal.net

Pulando carnaval em Salvador, para alegria de gregos de baianos, o rapper sul-coreano Psy revelou que o segredo do sucesso foi fazer "o máximo possível para ser ridículo" no vídeo que o levou a ser conhecido mundialmente, com a ridícula coreografia na música "Gangnam Style". A folia dos ridículos seduz a humanidade, principalmente as grandes massas ignaras.

O que o rebolativo “livre-pensador” falou agora, nossos políticos da safra pós-abertura de 1985 sempre souberam. Hoje, quem dança ao ritmo escroto deles somos nós. Graças à hegemonia deles, no comando do Governo do Crime Organizado, o Brasil atravessa o samba, em ritmo errático para trás. Instituições, corrompidas e com métodos anacrônicos, caminham para uma ruptura.

É carnaval! Mas independentemente do reinado do Momo, nossa politicalha parece que vive em permanente carnaval. Principalmente com a coisa pública, da qual tiram proveito próprio. Por isso, não causa espanto a bravata lançada pela tal facção “Renanzista” contra nosso Estado nada Democrático de Direito. Lançar ameaças midiáticas ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal, para tentar blindar Renan Calheiros, só pode ser uma atitude de débil mental. Pois o Senado parece repleto deles. Daqui a pouco, sentiremos saudades do Sarney...

Um politizado amigo me mandou uma mensagem no meu grampeado e invadido e-mail, no sábado de carnaval: “A contra-revolução de 1964 no Brasil foi uma situação política especial, na qual houve a necessidade temporária de exclusão da democracia para que se preservassem os objetivos fundamentais da Nação, inclusive a própria democracia". Análise justa e perfeita. Acontece que em 1964 houve um clamor popular para aquela ação...

Os militares de hoje dão sinais de que não acreditam mais naquele tipo de intervenção. Sobrevivem acuados pelo passado estigmatizado pela propaganda ideológica de esquerda. Assim, preferem aparentemente agir como passivos funcionários públicos fardados, mesmo quando atacados. Não chega a ser covardia, muito menos conivência. Mas sim uma pragmática conveniência. Cuidar da carreira e do contracheque dá bem menos dor de cabeça que se meter em política.

Miliares não devem ser interventores da vida pública. O papel constitucional deles é outro. No entanto, não podem se omitir diante dos problemas nacionais. Principalmente a corrupção. Por isso, pega muito mal o silêncio comprometedor diante da recente denúncia da revista Veja de que oficiais do Exército pediram propina para referendar a vitória de uma empresa paranaense, fabricante de ônibus, em uma licitação de R$ 17,8 milhões para fornecer 65 veículos para o Batalhão da Guarda Presidencial.

O caso foi denunciado pelo grupo Mascarello ao senador Roberto Requião (PMDB). Ele repetiu a denúncia ao ministro da Educação, Aloísio Mercadante Oliva, cujo pai é um General quatro estrelas da velha linha-dura. O próprio Oliva (o filho, que por conveniência política não usa o sobrenome do pai militar) teria cobrado providências ao comandante do Exército. O General Enzo Peri homologou a licitação, sem que a empresa tivesse de pagar o “pedágio”. Depois, ouviu todos os envolvidos e comunicou à Presidenta Dilma todas as providências que foram tomadas. Em geral, o EB age com rigor e corta a própria carne em tais casos.

O Exército deveria agir com total transparência pública para uma acusação tão grave contra a honra e honestidade militar. Primeiro, nada custaria ao EB esclarecer porque o Batalhão da Guarda Presidencial precisa de tantos ônibus, em uma das operações do PAC Equipamentos. Segundo, teria de tornar públicos os nomes dos envolvidos e sua eventual punição sumária. Não vale a pena repetir o maior erro fatal pós-64 – que foi a censura. A omissão da verdade custa aos militares perder a guerra de versões da história para a esquerda – que soube muito bem contar os fatos sob a ótica dela. Depois, não adianta gritar “Salve, Jorge”...

Militares não podem dar golpes... Também não devem sofrê-los. As Forças Armadas têm a destinação institucional de defesa incondicional da Pátria. Militares – principalmente seus generais – existem para conhecer, buscar e combater, permanentemente, o inimigo real. Nâo existem margens para agir de outra forma. Ainda mais contra a corrupção, os corruptores e os corruptos em qualquer instituição pública.

Militares não podem cair na folia dos ridículos. Rasgar a farda e os juramentos de fidelidade à Pátria não fazem parte de nenhum rito carnavalesco. General da banda só é bom nos bailinhos. “Os militares sabem de absolutamente tudo que acontece” – como já chegou a destacar o General Enzo, em um jantar fechado, curiosamente com o poder fardado vestido à paisana, exceto o Coronel que tomava conta da porta do salão do Comando Militar. Exatamente por saberem de tudo, não podem omitir e muito menos se omitir.

No vácuo institucional que se desenha, se os militares não cumprirem seu dever constitucional, o Brasil vai cair em anomia, com consequências imprevisíveis. Em tal quadro, generais precisam agir como samurais – jamais como gueixas seduzidas pelos podres poderosos de plantão. Cabe à sociedade apoiar os militares na defesa da Pátria e da essência das instituições – que precisam passar por um processo de depuração e reorganização para voltem a ser aquilo que deveriam, para o bem dos brasileiros.

Independentemente da ideologia de cada um, todos nós temos de dar um fim à ridícula folia do Governo do Crime Organizado. As Forças Armadas, como ainda respeitadas instituições nacionais fundamentais e permanentes, devem dar o exemplo. Sem golpes! Mas democraticamente, dando suporte e segurança a quem deseja fazer com que a ordem legal seja restabelecida e cumprida.

O Brasil precisa de choques urgentes e simultâneas de Democracia, Ordem Pública e Educação. O resto é confete e serpentina...