No ceará foi assim irmãos ; Passo a passo:
1 - Governo não reconhece a greve e diz que está tudo bem;
2 - Imprensa não dá a devida cobertura ao movimento e diz ser uma minoria;
3 - Oficiais repudiam greve e mandam nota a imprensa dando apoio ao governo;
4 - A greve se espalha pelo interior e companheiros começam a aderir em massa;
5 - Imprensa e governo reconhecem o movimento, mas governo diz que jamais vai negociar;
6 - Chamam o exército e a força nacional;
7 - O CAOS se instala no estado e governo é forçado pelos segmentos da sociedade a negociar;
8 - VITÓRIA DOS POLICIAIS e BOMBEIROS.
FOI ASSIM NO CEARÁ... VAI SER ASSIM NO RIO DE JANEIRO.
JUNTOS VOCES SÃO FORTES E IMBATÍVEIS
É bom Cabral começar a negociar com os policiais civis, militares e bombeiros que vão aguardar até ao próximo dia 8 por uma proposta de aumento. Até agora Cabral se mantém irredutível. Diz que não pode dar aumento maior e que não vai receber ninguém para dialogar. Ontem, o comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro disse a representantes da polícia e dos bombeiros que vai tentar agendar um encontro com Cabral.
Os policiais e bombeiros marcaram uma assembléia para o dia 9 de fevereiro, na Cinelândia, quando poderão decidir uma greve geral a partir do dia 10. O tempo está correndo. Por todo o Brasil estão estourando greves de policiais e bombeiros, como agora na Bahia. Se Cabral continuar com sua postura de ditador, às vésperas do carnaval quando milhares de turistas estrangeiros estiverem chegando ao Rio, a PM, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros podem parar numa greve geral. Acorda Cabral!
REPORTER DO CRIME:
Numa demonstração de boa vontade com a tropa, o comandante-geral da PM, coronel Erir Costa Filho, recebeu no quartel-general da corporação representantes das forças de segurança que estão se mobilizando por melhorias salariais e de condições de trabalho nas polícias. A reunião ocorreu ontem, e contou com a participação do soldado Wagner Luís, da PM; do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros; e do inspetor Francisco Chao, da Polícia Civil. O encontro aconteceu dois depois da manifestação que, pela primeira vez no Rio, reuniu policiais civis, militares e bombeiros, em passeata na orla de Copacabana, domingo passado. Segundo participantes, a manifestação reuniu entre 2 mil e 5 mil pessoas, além dos deputados estaduais Flávio Bolsonaro, Marcelo Freixo e Wagner Montes. Os integrantes das forças de segurança estão unidos em torno da reivindicação de piso salarial de R$ 3.500,00 para as três categorias.
Policiais civis e militares, além dos bombeiros, têm acenado com paralisação por tempo indeterminado, como ocorreu no Ceará. Na PM do Rio, o movimento está sendo conduzido em grande parte por policiais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) insatisfeitos com as condições de trabalho e escalas que superariam as 70 horas semanais de trabalho. Policiais do interior também se queixam da dificuldade de vale-transporte para voltarem para casa nas folgas. Eles reclamam da falta de UPPs no interior do estado, já que as gratificações que sofreram atraso no fim do ano passado -- são pagas pela prefeitura do Rio de Janeiro. Esses jovens PMs que atuam nas UPPs demonstram ter maior capacidade de mobilização porque de modo geral ainda não foram contaminados pelo imobilismo de policiais mais antigos que acabam se acomodando com eventuais vantagens no policiamento de rua.
Para amenizar a movimentação da tropa, o comandante da PM criou na segunda-feira uma comissão de estudo e análise para reformulação da lei de remuneração e vencimentos da Polícia Militar. A medida ocorreu depois que houve no início do ano paralisação de policiais militares em Campos (RJ), que retornaram ao quartel, abandonando o policiamento motorizado, como protesto contra mudanças na escala. "greve" dos PMs não durou mais do que cinco horas, e ainda não há qualquer notícia de punições.
Embora não seja um dos organizadores do movimento salarial na PM, o coronel da reserva Paulo Ricardo Paúl me disse ontem estar convencido de que "alguma paralisação de policiais militares" vai ocorrer no estado porque há muito tempo ele não vê tanta mobilização de praças. Paúl participa de movimentos trabalhistas na PM desde 2007. Uma nova assembleia dos policiais está prevista para o dia 9 de fevereiro, às vésperas do carnaval.
Qualquer que seja o rumo que o movimento tomar, o coronel Costa Filho tem feito sua parte, que é manter o diálogo com os policiais -- o que desde início foi o pavio que acendeu o barril de pólvora em que se transformou o movimento de reivindicação salarial dos bombeiros do Rio, no ano passado.
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