Compadeço-me pela burrice humana, pela tolice de todos, incluindo a minha. Embora não posso, de forma alguma, citar meus defeitos (caso contrário, já não os teria) digo de bom grado que os tenho, cabe a essa pessoa descobrir quais são e me dizer antes que eu me mate pelos meus ideais. Nesse caso, de maneira metafórica.
Compadeço-me da tolice nossa, pela prepotência hereditária que temos. O que nos difere dos outros animais é apenas isso. Quisera eu ser um golfinho, pois dizem as más (aos seus humanos olhos) e boas (aos meus) que eles são mais inteligentes que nós. Há ainda quem diga que os ratos são melhores.

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Ah Raul, quando acabar, o maluco será eu. |
Não quero meus filhos aprendendo ensino religioso nas escolas, nem produto massivo de brigas inúteis e fúteis. Quero que meu filho aprenda a ser gente, mas não na escola, pois lá ele só aprenderia a ser macaco, com colegas mal educados. Aprenda ele a ser gente comigo, de que adianta ensinar nas escolas a respeitar o colega se em casa, de onde se tira a verdadeira educação, o pai chama o menino afeminado de viado, sem entender que o garoto não tem culpa disso. Como pretendem ensinar sobre o uso de camisinha à adolescentes que conhecem o sexo e seus perigos melhor que vocês?
Aonde está a carapuça? Quero desmascará-lo Brasil. Tirar tanto a sua quanto a minha hipocrisia, e destruir ideologias fúteis que só levam ao ódio. Como diria o poeta, o meu Partido... é um coração partido. E como diria o outro poeta: quando acabar, o maluco sou eu. Não bulo com governo, com polícia, nem censura; é tudo gente fina, meu advogado jura. Já pensou o dia em que o papa se tocar, e sair pelado pela Itália a cantar? Ehe, aha, quando acabar, o maluco sou.
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Compadeço-me de horas gastas no senado ou qualquer outro órgão federal, de grande ou pequena escala, em assuntos inúteis (seja ele o quão longe a língua da menina entrará na outra, ou seja se cruzes devem ou não serem postas em escolas). Do que adianta ter cruzes ou não, Bíblia ou não, mandamentos ou não, se esses que os querem são tão hipócritas a ponto de achar que isso mudará a situação. Enojo-me também do povo, que só senta e reclama, e de mim mesmo, que ainda não fiz nada.
Quando iremos parar de nos separar em X e Y, e iremos entender que somos todos humanos?
Tenho vergonha de mim, e sobretudo do Brasil, que ouso chamar de pátria. Amo-te país canarinho, amo a terra dos tupiniquins e mesmo que o povo se esforce para tornar essa terra odiosa, eu continuarei te amando. Se não por amor por essa pátria maldita e bendita que escrevo isso, o que me levaria a fazê-lo?
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