segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Servir e proteger...



Um oficial da polícia militar do Rio de Janeiro viajou para uma cidade dos EUA, se foi a passeio não vem ao caso, e no tempo que esteve lá teve contato direto com um patrulheiro brasileiro naturalizado americano, tudo começou quando o policial “americano” o pegou em uma pequena infração de trânsito. O oficial, acostumado com a sua polícia e vendo que poderia se enrolar, ofereceu vantagem financeira ao patrulheiro, isso mesmo, tentou suborná-lo. O policial olhou para o oficial brasileiro e disse, sem demonstrar qualquer tipo de sentimento: - “Senhor, por favor, queira me acompanhar até o distrito”. O oficial gelou, mas aquela altura, depois de tentar subornar um agente de trânsito de outro país, não poderia fazer mais nada. O patrulheiro entrou em sua viatura e dirigiu-se para o distrito e o oficial da PM, envergonhado e sem entender, o seguiu. Chegando ao distrito o patrulheiro entrou com o oficial e pediu que ele aguardasse no saguão principal e desapareceu; passados vinte minutos o oficial da PM foi tocado no ombro e ao virar-se para olhar viu o patrulheiro sem seu uniforme e espantou-se quando escutou dele a palavra “vamos”, então pensou: “Vamos para onde?”, afinal já estavam no distrito e qualquer ação legal teria de ser tomada ali mesmo, mas tomado pela curiosidade seguiu o patrulheiro até o estacionamento, onde notou que o mesmo tinha um belo sedan. O patrulheiro levou o oficial até seu veículo alugado e pediu para que ele continuasse a segui-lo, o oficial continuava a não entender nada e se perguntava a todo minuto: “O que esse louco está querendo?”. Saíram então do distrito e pegaram a rodovia principal e em poucos minutos estavam em um bairro residencial com lindas casas, todas elas com belos gramados e de dois andares, algumas até com três. O patrulheiro estacionou seu sedan em frente a garagem de uma dessas casas e o oficial estacionou o carro atrás do dele e observou uma linda casa em tom de azul claro com um belo quintal cercado nas laterais por uma bonita cerca de madeira pintada de branco. O patrulheiro, ao sair do veículo, foi cumprimentado por um homem que regava as plantas da casa ao lado: “Hi neighbor! It’s a nice day!” ao que o patrulheiro respondeu cordialmente o cumprimento e disse ao oficial PM: “Por favor, me acompanhe”. Entraram na casa e foram recebidos por uma bela mulher que cumprimentou o patrulheiro com um beijo e perguntou quem era o convidado, o patrulheiro respondeu que era um conterrâneo do Brasil que cometera uma infração de trânsito e que tentara suborná-lo, a mulher riu e perguntou quanto ele havia oferecido e ele, com um sorriso, respondeu: “U$100”! A mulher, rindo, disse ao oficial, após uma rápida apresentação, que iria preparar uma limonada e que ele ficasse à vontade. O oficial, então, já nos fundos da casa, próximo a uma bela piscina de azulejos de tamanho considerável, perguntou se eles poderiam resolver logo aquilo para que ele pudesse seguir sua vida e tirou a nota de cem do bolso, o patrulheiro, então, com um sorriso no rosto, disse ao oficial da PM: “Guarde seu dinheiro. Não o trouxe aqui para aceitar o suborno e em qualquer situação normal eu, além de multá-lo, o prenderia, mas como vi que era um conterrâneo meu e, além disso, policial, fiquei muito contente e decidi te mostrar uma coisa que, até agora, parece que você não viu; meu amigo, eu tenho um ótimo salário, como você pode constatar com seus próprios olhos, meu carro é top de linha e vai completar um ano, geralmente fico com um carro apenas dois ou três anos, consegui, sendo policial, financiar essa casa que para as minhas necessidades é bem confortável, minha esposa, que atualmente só estuda, também tem seu carro, e posso lhe garantir que não é um carro popular, então, nunca mais faça o que você fez hoje, porque você corre o sério risco de passar algum tempo no xadrez do distrito”. Com isso, após ser levado até seu carro ele se desculpou com o patrulheiro que falou: “Meu amigo, sei das dificuldades da polícia brasileira, principalmente no que tange aos salários”. Trocaram e-mails e se despediram.
FIM!

Esse texto foi baseado em uma história real e eu resolvi postá-lo para frisar a diferença de comportamento entre a polícia americana, como também poderia falar da canadense, e a polícia brasileira, mas chamando a atenção também para o valor que é dado ao agente de polícia dos Estados Unidos quando comparado conosco.

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