Prefeitura de Caxias forma tropa de elite com ‘caveira’
Município transfere R$ 568.738 por mês à PM para contratar policiais, através da nova Secretaria de Políticas de Segurança
POR | ADRIANA CRUZ CAIO BARBOSA |
O município mais populoso da Baixada conta com um batalhão da Polícia Militar (15º BPM) e uma coordenadoria de segurança ligada diretamente ao gabinete do prefeito. Além disso, pelo menos dez PMs passaram a ser lotados em Duque de Caxias. Eles são pagos pela prefeitura, que transfere mensalmente para a Polícia Militar o valor de seus vencimentos, em um total anual de R$ 568.738,04.
O prefeito Alexandre Cardoso (à esq.) convocou Mário Sérgio Duarte, ex-comandante do Bope, para secretaria | Foto: Estefan Radovicz e Alexandre Brum / Agência O Dia
O novo secretário de Políticas de Segurança, Mário Sérgio Duarte, considera justificáveis os investimentos feitos pela prefeitura, entre eles a contratação de sua mulher, a tenente-coronel Viviane Damásio Duarte, lotada na coordenadoria, com salário que chega a R$ 11.943,93.
Mangueirinha terá outros 150 PMs
Além dos dez PMs cedidos ao município de Duque de Caxias, e dos 52 do Proeis, outros 150 serão deslocados para a 1ª Companhia de Polícia Militar que será instalada no Complexo da Mangueirinha, conforme anunciado na última quinta-feira pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
“Caxias necessitava, sim, de um reforço de policiamento. É uma das cidades mais importantes do estado. Não dá para a gente comparar Caxias com Aperibé. Temos um orçamento de R$ 2 bilhões de reais. Vamos economizar R$ 120 milhões neste ano só com saúde e lixo. Basta utilizar o dinheiro da maneira certa que dá para fazer o que o município precisa”, garante o prefeito Alexandre Cardoso.
Prefeito sofreu ameaças
Um dos motivos para o reforço do policiamento em Duque de Caxias está a série de ameaças sofridas pelo prefeito Alexandre Cardoso a partir do momento em que assumiu o cargo, em janeiro. “São muitos contratos cancelados, muita gente que perdeu muito dinheiro. Sabe como é, né?”, disse Alexandre Cardoso.
Segundo o coronel Mário Sérgio, foram encontrados grampos e aparelhos de escuta no gabinete do prefeito. “Disseram que fariam com ele o mesmo que fizeram com o prefeito lá da Bahia, também médico, morto junto com a esposa”, disse o coronel, referindo-se a Procópio Alencar, prefeito de Jussiape, no interior baiano.
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