O ex-cabo do corpo de bombeiros Benevenuto Daciolo entrou com recurso para reverter à decisão do comando-geral do Corpo de Bombeiros que o expulsou da corporação. A decisão sairá na próxima semana. Segundo a mulher dele, Cristiane Daciolo, caso o recurso seja indeferido, eles entrarão com um processo na Justiça comum.
Considerado líder do movimento grevista, Daciolo foiexpulso, ao lado de mais doze bombeiros, sob acusação de “articulação em manifestações de caráter político-partidário”. Ele já havia sido preso no dia 9 de fevereiro, depois de ser flagrado em escutas telefônicas, em que dizia que a paralisação impediria o Carnaval no Rio e em Salvador.
A greve, que englobava bombeiros, policiais militares e civis, foi anunciada oficialmente no dia seguinte, em uma assembleia na Cinelândia, no centro da capital fluminense, mas perdeu a força e foi encerrada no dia 13.
Daciolo ficou detido no complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste, e após ser transferido para o BEP (Batalhão Especial Prisional), em São Cristóvão, na zona norte, foi solto por decisão do Tribunal de Justiça do Rio
Segundo Cristiane Daciolo, os momentos mais difíceis ficaram para trás.
- Ele preso em Bangu é inesquecível. Ele é um grande homem e ama a profissão, caso não consiga exercer o que ele ama fazer, ele irá para uma profissão que o valorize.
Sobre a possibilidade de se filiar a algum partido político, sua esposa afirmou que o assédio tem sido grande, mas ainda não há nada definido.
- Não fechamos apoio político com ninguém até porque seria injusto pois diversos partidos apoiaram o movimento.
Video Abaixo:
Fonte: R7
Fonte: R7
Nota sobre expulsão dos policiais militares
A Polícia Militar anuncia a exclusão de 12 policiais militares que participaram dos movimentos de greve
A Polícia Militar publicou no boletim de ontem (21.03) a exclusão de 12 policiais militares que participaram dos movimentos de greve em fevereiro. Foram excluídos nove policiais militares do 28º BPM (Volta Redonda), além de um do 15º BPM (Caxias), um do 39º BPM (Belford Roxo) e outro policial militar da UPP da Cidade de Deus.
De acordo com o texto final publicado no boletim da PM “…restou comprovada, nos autos do processo administrativo disciplinar, a violação frontal de preceitos éticos que deveriam ser rigorosamente observados e respeitados, tais como: amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal; cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes; proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular; zelar pelo nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer os preceitos da ética policial militar.”
Ao todo, 110 policiais militares foram submetidos a processos disciplinares, sendo 103 praças e sete oficiais. Os 12 policiais militares excluídos têm cinco dias para apresentar recurso ao comandante-geral da PM. O resultado dos outros processos instaurados para julgar os policiais militares que participaram dos movimentos de greve deve sair nos próximos dias.
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