DF: militares fazem movimento em busca de melhorias salariais
Policiais militares e bombeiros se reuniram neste sábado em Brasília
Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito
Federal decidiram neste sábado aderir a um movimento local para cobrar
aumento de salários e benefícios do governador Agnelo Queiroz. Eles
participam de uma assembleia geral convocada pelos praças da PM, na
próxima quarta-feira, em que serão definidas as pautas prioritárias da
categoria entre dez pré-selecionadas.
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros
Militares do Distrito Federal, Sérgio Aboud, por enquanto os oficiais
não pensam em greve e a mobilização não tem relação com o movimento
grevista iniciado em outros estados. Ele também nega que se trate de
pressão pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300,
que estabelece um piso nacional para policiais militares e bombeiros.
"Mas ela realmente seria necessária. O policial ganha pouco e aí vai
atrás de complemento que quem paga é o crime organizado. Hoje no DF não
tem isso, mas é isso que o governo quer? Quer polícia subsidiada pelo
crime organizado?", indaga. "Decidimos que vamos apoiar o movimento no
dia 15 de forma ordeira e sem afrontar a ordem e a segurança pública.
Dependendo do que acontecer lá (na assembleia), vamos ver que rumo
tomar".
O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do
Distrito Federal, Sérgio Souza, disse que a categoria está insatisfeita
com a falta de abertura do governo para discutir propostas. "Queremos
salário digno, pois estamos há quatro anos sem ajuste, e reestruturação
da carreira porque hoje existe uma anomalia da estagnação nos níveis
hierárquicos superiores".
Os oficiais preferem não falar em porcentagens de reajuste, mas sim
em equiparação de salário com a Polícia Civil do DF. Segundo Aboud, dos
bombeiros do DF, hoje o salário do coronel da PM de Brasília (o topo da
carreira) chega a R$ 15 mil, enquanto um delegado da Polícia Civil em
fim de carreira recebe cerca de R$ 20 mil. Outra comparação citada por
ele é quanto ao salário recebido por um tenente (R$ 7 mil) e por um
delegado em início de carreira (R$ 13 mil).
Os oficiais também dizem que sabem das restrições de Orçamento para
este ano, por isso a ideia é que os reajustes sejam feitos nos próximos
dois anos. Os líderes sindicais alegam ainda que os encontros com a
Secretaria de Segurança pública do DF não vem surtindo efeito e que, por
isso, querem um canal direto com o governador.
De acordo com o porta-voz do governo do Distrito Federal, Ugo Braga, a
pressão por aumento é uma questão política, incitada por militares
ligados à oposição de governo. "Os policiais militares e bombeiros do DF
têm os melhores salários do País, os outros Estados estão fazendo
movimento para igualar ao que se ganha aqui. Além disso, regularizamos a
situação das promoções, que estavam bloqueadas, e investimos em
equipamentos em instalações, melhorando as condições de trabalho",
explicou.
Segundo o porta-voz, os policiais estão sendo recebidos pelo governo e
só não há discussões sobre aumento a partir de 2013 porque a própria
categoria não apresentou qualquer proposta nesse sentido.
Fonte: TERRA
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