Reportagem Especial: Nióbio, riqueza desprezada pelo Brasil
Nióbio,
o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo
brasileiro desconhece e tudo fazem para que isso continue assim.
Como
é possível o fato de o Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio
(98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam
turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super
aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela
Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é
possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos
apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente,
não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o
nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o
barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só
no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro
alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para
todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do
dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu
estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso?
Nióbio, riqueza desprezada pelo Brasil
Por Edvaldo Tavares
Países
ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo, enquanto o Brasil é o
único fornecedor mundial, e dispensa pouca importância e esse metal com
tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações, do qual é o único
fornecedor mundial, e que com uma pequena parte bem paga desse metal
estratégico, eliminaria a pobreza estruturada no Brasil, e pagaria nossa
dívida externa.
Inúmeras são as aplicações do Nióbio (Nb), indo desde as envolvidas com
artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego
em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na
produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido
a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades do
nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor.
O Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior
produtor mundial de nióbio e o consumo mundial é de aproximadamente
37.000 toneladas anuais do minério totalmente brasileiro.
As pressões externas que subjugam o povo brasileiro
Ronaldo Schlichting, da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente
artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro,
chama a atenção sobre a "Questão do Nióbio" e convoca todos os
brasileiros para que digam não à doutrina da subjugação nacional.
Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza
tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola,
energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta
e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um
inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus
'testas de ferro' locais".
Os brasileiros têm que ser convencidos de que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico.
Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está
assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica, de quarta
geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e
bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma
sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas,
entreguistas, corruptos, lobistas e traidores.
O povo na sua esmagadora maioria desconhece o que de gravíssimo está
ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum tipo de reação.
Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam
volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais
(ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e
corroerem as instituições e autoridades nacionais para conseqüentemente
solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de
acontecimento é presenciado no momento no Brasil.
As ações objetivas efetuadas
A sobretaxação do álcool brasileiro nos EUA; as calúnias internacionais
sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de
carne bovina para a União Européia (UE); a acusação do jornal inglês
"The Guardian" de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a
Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da
Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII),
96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2,
em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de
Roraima e incontáveis outras tentativas, algumas ostensivas, outras
insidiosas.
Elas deixam claro que estamos no meio de uma guerra assimétrica de
quarta geração, que o desfecho poderá ser o ataque de forças armadas
coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados Unidos da América do Norte.
É importante chamar a atenção dos brasileiros para o fato de que
a Reserva Indígena Ianomâmi é para 5.000 indígenas e que a Reserva
Indígena Raposa Serra do Sol é para 15.000 indígenas. Somando as duas
reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias
diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e
não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam
256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma
população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.
As diversas aplicações do Nióbio
Entre
os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a
siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e
nuclear. Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de
requisição de superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas
como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire
máxima importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio
na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras,
cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação
de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos
cirúrgicos, e óticos de precisão.
O descaso nas negociações internacionais
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior
exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional
Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.
Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha
de São Paulo, 5 de novembro de 2003: "Lula passou o final de semana em
Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional
Molycorp..."
E, complementa que "uma ONG financiou projetos do Instituto Cidadania,
presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o 'Fome Zero', que integra
o programa de governo do presidente eleito".
O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no
mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o
quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no
garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75),
R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.
Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é "sucesso de
enganação". O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas
de progressos nas exportações, mas, em relação aos negócios
internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus negócios.
Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa
228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é
que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo
para a população do país?
As maiores reservas de Nióbio no mundo, estão na agora intocável Reserva
Raposa-Serra do Sol em Roraima, decretada em 2005, por Lula.
Os USA e Comunidade Européia aplaudiram de pé esse ato.
É muito descaso com as questões do país e o desinteresse com o
bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e o Japão são
totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único fornecedor
mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação total da
dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente resolvidos.
Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do
desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas
deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões
externas são demasiadas e visam à desmoralização das instituições
brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas
políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às
universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de valores
morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem do país.
Uma gama extensa de processos que permitam os traidores obterem
vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença, anestesiando
o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito.
A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo
consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram
como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais.
O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo, quase doando, todas
as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda
podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e
ao povo brasileiro.
Fonte: Centro de Mídia Independente