O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e o novo comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Erir Costa Filho, não querem que se repita o episódio no qual um comandante de batalhão posou de operacional e eficiente quando tudo indica que ele chefiava uma quadrilha de assassinos e salteadores. Sem controle da tropa, a cúpula teme que se perca o controle também do oficialato. Por isso, o comando-geral da PM decidiu tomar uma série de medidas visando levar ao topo da linha de comando oficiais ficha-limpa, como o comandante-geral. Como afirmou em seu discurso de posse, os "líderes terão que dar exemplo".
"O exemplo terá que vir de cima para baixo. Vamos tentar melhorar a instituição pelos líderes. Os líderes terão que dar exemplo. Aqueles que não derem o exemplo vão responder. Para se comandar uma unidade, temos que saber tudo sobre os futuros comandantes. é uma obrigação do comandante não aceitar policiais envolvidos em corrupção - disse Costa Filho, na sexta-feira passada".
A declaração se traduziu nas seguintes medidas:
1) A partir de agora os comandantes de unidades serão indicados por seus supervidores, os chefes de Comando de Policiamento de Área (CPA), que somam sete em toda a corporação. O coronel Costa Filho conquistou a confiança de Beltrame desde que chefiou o 2° CPA, na Zona Oeste. Os comandos de Policiamento fazem a ponte entre o comando-geral e as unidades da PM. Têm a função de planejar, coordenar e fiscalizar a execução da atividade-fim, que é o policiamento ostensivo.
2) Os nomes dos futuros comandantes de unidades terão suas fichas judiciárias examinadas pela Corregedoria, pela P-2 (Serviço Reservado), pelo Estado-Maior (coronel Pinheiro Neto) e pelo próprio comandante-geral. Quem tiver anotações criminais ou até mesmo sindicâncias deverá ser colocado de lado.
As medidas têm o objetivo de responsabilizar os chefes de CPA pelos problemas que ocorrerem com os comandantes na gestão de seus comandados, além de evitar novos erros como o cometido pelo coronel Mário Sérgio com o tenente-coronel Cláudio, que tem uma ficha com oito anotações criminais.
A ideia de tirar ficha-suja da cúpula surgiu depois que este blog publicou um post que encerra com o seguinte texto:
[Parênteses: eu não duvido da honestidade e da disposição de Beltrame de mudar a polícia do Rio, mas o problema é tão grave e antigo que ele poderia empregar métodos mais agressivos no combate ao crime dentro das polícias civil e militar. Assim como se discute no STF a lei do ficha limpa -- que quer impedir a candidatura de quem responde a processos na Justiça -- o mesmo sistema deveria ser aprovado nas polícias do Rio. O oficial que assume o comando de um batalhão e o delegado que chegasse ao comando de uma delegacia teria sua ficha judiciária exibida na internet para o conhecimento de toda a sociedade. Com a medida talvez tivesse início uma faxina de cima pra baixo. As corporações iriam mandando para casa os policiais com ficha suja e valorizariam os ficha limpa. Quem entrasse na polícia almejando promoções iria passar a pensar duas vezes antes de se envolver em encrencas]
Aproveito para dar mais uma ideia ao novo comandante. Seria muito bom que o Serviço Reservado da PM e a Cinpol (Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil) estreitassem mais as relações com o pessoal da inteligência do Comando Militar do Leste e o comando das Forças de Pacificação do Complexo do Alemão. Outro dia um oficial do Exército teve que convidar a se retirar um oficial da PM que foi lhe sugerir que a força liberasse a realização de bailes funk no Alemão para facilitar o complemento salarial de alguns policiais.
2) Os nomes dos futuros comandantes de unidades terão suas fichas judiciárias examinadas pela Corregedoria, pela P-2 (Serviço Reservado), pelo Estado-Maior (coronel Pinheiro Neto) e pelo próprio comandante-geral. Quem tiver anotações criminais ou até mesmo sindicâncias deverá ser colocado de lado.
As medidas têm o objetivo de responsabilizar os chefes de CPA pelos problemas que ocorrerem com os comandantes na gestão de seus comandados, além de evitar novos erros como o cometido pelo coronel Mário Sérgio com o tenente-coronel Cláudio, que tem uma ficha com oito anotações criminais.
A ideia de tirar ficha-suja da cúpula surgiu depois que este blog publicou um post que encerra com o seguinte texto:
[Parênteses: eu não duvido da honestidade e da disposição de Beltrame de mudar a polícia do Rio, mas o problema é tão grave e antigo que ele poderia empregar métodos mais agressivos no combate ao crime dentro das polícias civil e militar. Assim como se discute no STF a lei do ficha limpa -- que quer impedir a candidatura de quem responde a processos na Justiça -- o mesmo sistema deveria ser aprovado nas polícias do Rio. O oficial que assume o comando de um batalhão e o delegado que chegasse ao comando de uma delegacia teria sua ficha judiciária exibida na internet para o conhecimento de toda a sociedade. Com a medida talvez tivesse início uma faxina de cima pra baixo. As corporações iriam mandando para casa os policiais com ficha suja e valorizariam os ficha limpa. Quem entrasse na polícia almejando promoções iria passar a pensar duas vezes antes de se envolver em encrencas]
Aproveito para dar mais uma ideia ao novo comandante. Seria muito bom que o Serviço Reservado da PM e a Cinpol (Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil) estreitassem mais as relações com o pessoal da inteligência do Comando Militar do Leste e o comando das Forças de Pacificação do Complexo do Alemão. Outro dia um oficial do Exército teve que convidar a se retirar um oficial da PM que foi lhe sugerir que a força liberasse a realização de bailes funk no Alemão para facilitar o complemento salarial de alguns policiais.
Reporter de crime
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