POR MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - O coronel Rogério Seabra é o novo comandante do Comando de Policiamento Comunitário (CPP), responsável pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), principal programa de segurança do governo Sérgio Cabral. O oficial assume o lugar do coronel Róbson Rodrigues, que deve ir para o Estado Maior Administrativo. O nome do novo corregedor da PM, para ocupar o lugar do coronel Ronaldo Menezes só deve ser escolhido na próxima segunda-feira.
Terminou há pouco, na tarde desta sexta-feira a reunião no Quartel General da PM com a nova cúpula da instituição. Os nomes de alguns dos outros novos comandantes deve ser divulgado em poucos instantes, pela nova chefia da Polícia Militar.
Na tarde desta sexta-feira, o coronel Erir Ribeiro da Costa Filho assumiu oficialmente o cargo de comandante-feral da Polícia Militar. Após uma posse sem cerimônia, Costa Filho já começou a despachar no Quartel General usando terno e gravata, ainda sem o uniforme oficial. Mais cedo, o novo comandante-geral se reuniu com o comandante do Estado Maior, coronel Alberto Pinheiro Neto, e a chefe de gabinete, coronel Katia Boaventura, para definir as diretrizes da administração da corporação.
Governador elogia ex-comandante
O governador Sérgio Cabral elogiou o trabalho do secretário de Segurança José Mariano Beltrame, do ex-comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, e negou que haja uma crise no governo. Durante cerimônia do Programa 'Minha Casa, Minha Vida', em Queimados, na Baixada, nesta sexta-feira, Cabral disse que tem total confiança em Beltrame e reforçou que o secretário possui autonomia para escolher os chefes das polícias Militar e Civil.
Ao comentar a saída de Mário Sérgio e a entrada de Erir Ribeiro da Costa Filho, o governador afirmou que a decisão foi tomada por Beltrame. "Foi escolha dele (Beltrame). Ele escolheu o Ubiratan (Ângelo, ex-comandante), o Mário Sérgio e agora o Erir Ribeiro. Todas foram excelentes escolhas", disse.
Cabral fez questão de elogiar o trabalho do ex-comandante-geral, que ainda se recupera de uma cirurgia no Hospital Central da PM. "O que acontece é que a política de segurança pública é superior às pessoas. Quero agradecer ao Mário Sérgio, que saiu com uma dignidade exemplar. Ele assumiu a responsabilidade que de fato o secretário dá para seus subordinados e ao mesmo tempo reconheceu a importância da política de segurança pública", avaliou.
Perguntado sobre a prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de mandar assassinar a juíza Patrícia Acioli, o governador não comentou o caso.
Ao comentar a saída de Mário Sérgio e a entrada de Erir Ribeiro da Costa Filho, o governador afirmou que a decisão foi tomada por Beltrame. "Foi escolha dele (Beltrame). Ele escolheu o Ubiratan (Ângelo, ex-comandante), o Mário Sérgio e agora o Erir Ribeiro. Todas foram excelentes escolhas", disse.
Cabral fez questão de elogiar o trabalho do ex-comandante-geral, que ainda se recupera de uma cirurgia no Hospital Central da PM. "O que acontece é que a política de segurança pública é superior às pessoas. Quero agradecer ao Mário Sérgio, que saiu com uma dignidade exemplar. Ele assumiu a responsabilidade que de fato o secretário dá para seus subordinados e ao mesmo tempo reconheceu a importância da política de segurança pública", avaliou.
Perguntado sobre a prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de mandar assassinar a juíza Patrícia Acioli, o governador não comentou o caso.
Comando linha-dura
Com a missão de combater a corrupção na Polícia Militar do Rio, o coronel Costa Filho foi nomeado nesta quinta-feira o novo comandante-geral da PM. Linha-dura, o oficial foi o escolhido pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, para substituir o coronel Mário Sérgio Duarte, que pediu exoneração do cargo na noite de quarta-feira.
Pinheiro Neto , Costa Filho, Beltrame e Kátia Nery: secretário apresenta nova cúpula da Polícia Militar | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Costa Filho avisou que não haverá tolerância com desvios de conduta. E que os comandantes terão que dar o exemplo. “Os que me conhecem sabem que os dignos terão meu apoio. Para os outros, a lei. (...) E os líderes terão que dar o exemplo. Aqueles que não derem responderão por isso”, decretou o comandante, que também prometeu reforçar a corregedoria.
Policial que combate o crime com operações diariamente nas ruas
Erir Ribeiro Costa Filho tem 53 anos, é carioca, liderou o Batalhão de Choque, foi diretor de apoio logístico do Quartel General e comandante do 2º Comando de Policiamento de Área (Zona Oeste). Seu perfil aponta para um policial ‘à moda antiga’: combate o crime nas ruas diariamente, não se restringindo ao que dizem estudos sociais e planejamentos dos setores de Inteligência.
Em 2003, comandava o 4º BPM (São Cristóvão) e acusou o então secretário estadual de Esportes, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, de ter relações com o tráfico.
Na época, o tenente-coronel denunciou Chiquinho, que teria pedido trégua no combate ao tráfico na Mangueira. Chiquinho disse que solicitou mudanças só nos horários das ações, para que não coincidissem com a entrada e saída nas escolas.
A Corregedoria do Governo do Estado — o Rio era governado por Rosinha Garotinho — arquivou a investigação. Para o corregedor João Luiz Duboc Pinaud, ele tem conduta exemplar. O coronel, que está há 31 anos na PM, coordenava até ontem o Centro de Comando e Controle, setor que monitora câmeras da cidade, e o sistema 190. Foi condecorado com medalhas Distintivo Lealdade e Constância (2000), Ordem do Mérito D. João VI (2006), Tiradentes (2003), entre outras.
Destaque na ocupação do Alemão e da Penha
Homem que comandou a primeira tentativa da Segurança Pública do Rio de Janeiro de ocupar o Complexo do Alemão — quando 19 pessoas foram mortas, em junho de 2007 —, o coronel Alberto Pinheiro Neto, 47 anos, é o novo chefe do Estado- Maior Operacional da PM. Eele assume cargo deixado pelo coronel Álvaro Garcia.
Pinheiro Neto foi comandante do Bope entre os anos de 2007 e 2009 | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Há 26 anos na polícia, o coronel foi comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entre 2007 e 2009. Antes de assumir o Estado-Maior, o oficial chefiava a Coordenadoria de Assuntos Estratégicos da Polícia Militar.
Após comandar a primeira investida, Pinheiro Neto foi fundamental para que, em novembro do ano passado, os complexos do Alemão e da Penha fossem ocupados pelas Forças de Pacificação.
Pinheiro Neto fez cursos de Operações Especiais, de Negociação de Conflitos e Superior de Polícia Integrado. Também foi condecorado com o distintivo da Lealdade e Constância, em 2000, além da Medalha do Mérito D. João VI, em 2007, e da Medalha Tiradentes, em 2008.
Chefes de gabinete e do Estado-Maior Administrativo são as primeiras mulheres na cúpula da PM
Aos 47 anos, a coronel Kátia Neri Nunes Boaventura faz história ao ser a primeira mulher a assumir um cargo na cúpula da Polícia Militar. Ela é a nova chefe de gabinete da corporação, cargo antes ocupado pelo coronel Carlos Eduardo Millan.
Coronel Kátia está há 28 anos na corporação e sua última função foi comandar a Academia de Polícia | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
A carioca está há 28 anos na corporação e sua última função foi comandar a Academia de Polícia Dom João VI. Ela foi chefe de gabinete do Comando Geral em 2007. Tornou-se comandante do 10º BPM (Barra do Piraí), em 2009. A coronel fez cursos de Polícia Judiciária Militar, Superior de Polícia Militar, Formação de Tutores, Direitos Humanos, Gerenciamento de Crises e Sistema e Gestão em Segurança Pública.
A coronel Edite Bonfadini, que assume o Estado-Maior Administrativo, foi uma das primeiras mulheres a comandar um batalhão, indicada por Mário Sérgio.
Já foram definidas as primeiras mudanças feitas na Polícia Militar pelo novo comandante da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho. O coronel Frederico Borges Caldas deixa o 23ºBPM (Leblon) para assumir a coordenadoria de Comunicação da PM, onde substitui o coronel Íbis Silva Pereira. Este último, por sua vez, irá assumir a academia de polícia da PM D. João VI
- Estou realizando um sonho. É na academia que tudo começa - disse o coronel Íbis.
Outro oficial que deixou o cargo foi o coronel Marcus Jardim. Ele não é mais o comandante do Comando de Policiamento de Área da Baixada Fluminense (3ªCPA). O nome de seu substituto ainda não foi divulgado. Na tarde desta sexta-feira, Erir Ribeiro chamou alguns coronéis em seu gabinete para informar que eles não estão nos seus planos para comandar unidades da PM. Entre eles estaria o coronel Paulo Mouzinho, que deverá deixar a direção do 1º Comando de Policiamento de Aréa (1ªCPA).
- Estou realizando um sonho. É na academia que tudo começa - disse o coronel Íbis.
Outro oficial que deixou o cargo foi o coronel Marcus Jardim. Ele não é mais o comandante do Comando de Policiamento de Área da Baixada Fluminense (3ªCPA). O nome de seu substituto ainda não foi divulgado. Na tarde desta sexta-feira, Erir Ribeiro chamou alguns coronéis em seu gabinete para informar que eles não estão nos seus planos para comandar unidades da PM. Entre eles estaria o coronel Paulo Mouzinho, que deverá deixar a direção do 1º Comando de Policiamento de Aréa (1ªCPA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário