sábado, 9 de abril de 2011

SGT ALVES O HERÓI - SÓ FALTOU ELE DIZER PARA TODOS OUVIREM: RECEBEMOS UMA MISÉRIA DE SALÁRIO!!!



A tristeza que se abateu sobre a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, pela morte de 12 alunos, só não foi maior por causa da ação rápida e precisa de um policial militar. Márcio Alexandre Alves, 38 anos, terceiro sargento lotado no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), impediu que o atirador Wellington de Oliveira Menezes matasse mais alunos.

Acompanhado do cabo Edinei Feliciano e do cabo Denilson Francisco de Paula, eles chegaram ao local, atendendo a um pedido de socorro de dois alunos, um deles baleado. Alves participava de uma operação do Departamento de Transporte Rodoviário (Detro) na Rua Piraquara, distante duas quadras do estabelecimento de ensino.

Segundo o policial, ao chegar à escola, ouviu tiros dentro do prédio. Ao subir no segundo andar, de onde partiam os disparos, encontrou com o atirador que portava uma arma, estava com um cinturão de balas e usava luvas. O policial baleou Wellington no abdômen. Em seguida, o rapaz cometeu suicídio dando um tiro na cabeça.

– Consegui evitar que ele chegasse a outro andar e fizesse mais vítimas. Se pudesse chegar cinco minutos antes, talvez tivesse evitado muitas mortes. Ele estava determinado. No terceiro andar havia mais cinco salas de aula – lamentou.

Após depor na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, na noite desta quinta-feira, o sargento Alves falou novamente com a imprensa sobre a tragédia. O policial contou que recebeu a ligação de seu filho de 14 anos, que reconheceu a voz do pai no noticiário da TV.

- Meu filho estava sozinho em casa, minha esposa estava trabalhando, ela é enfermeira. Ele disse que estava esquentando seu almoço quando ouviu minha voz na TV. Me ligou chorando e eu me emocionei bastante. Falei com ele que mais tarde estaria em casa e que estava tudo bem. Como ser humano pensamos na família, nos nossos filhos - contou.

Frieza e agilidade foram qualidades fundamentais para que o policial militar pudesse reagir na hora exata e evitar mais mortos e feridos. Para Alves, o treinamento dado aos membros da PM é condição básica para que operações como a desta quinta-feira sejam bem sucedidas.

- Um dos ensinamentos que coloquei em prática na escola foi o cuidado que temos que ter na hora de distinguirmos a pessoa que deve ser contida, para não ter bala perdida, e não acertar um inocente. Graças a Deus tudo correu bem. Numa hora como esta temos que ter atitude. Quando cheguei à escola e ouvi os tiros não pude esperar reforço para que não houvesse um massacre maior - acerescentou.

Dever cumprido

Há 18 anos na corporação da PM, Alves relembrou o início da carreira, quando queria ser militar e decidiu fazer prova para a polícia.

- Poder ajudar a sociedade é sempre muito importante. Nem tudo é perfeito, mas nós policiais tentamos fazer tudo da melhor maneira possível, acho que hoje conseguimos, apesar de toda a tristeza - lamentou.

O sargento considerou a tragédia o momento mais difícil de sua carreira. - Já enfrentei situações trágicas, combates com traficantes, mas nunca nesta proporção, uma tragédia envolvendo crianças. Foram cenas muito fortes. Tenho o sentimento de tristeza, mas também tenho o sentimento de dever cumprido. Foi um dia duro, cansativo. Vou chegar em casa, vou abraçar minha família, ver meus filhos, tomar um banho e tentar descansar - acrescentou.



Rotina

Policial há 18 anos, Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, já serviu ao Batalhão de Choque (Bope), ao 23º Batalhão e hoje está lotado na terceira companhia da Polícia Rodoviária (BPRV) de Itaguaí. Morador de Campo Grande, o policial acorda todos os dias às 2h da madrugada. Às 3h segue até o batalhão rodoviário onde parte com uma viatura até o local das operações do Detro (Departamento de Transporte Rodoviário).

"O que aconteceria com o SGT Alves, caso ele falasse para todos ouvirem: - nós Policiais Militares, mesmo com baixos-salários, cumprimos nossos deveres, SÓ QUERÍAMOS O RECONHECIMENTO DOS PARLAMENTARES NA APROVAÇÃO DA PEC 300" SERIA PRESO, SERIA TRANSFERIDO DE BATALHÃO, OU APLAUDIDO. Naquela coletiva de imprensa, todos iriam aplaudir e ver como nós recebemos o 2º pior salário do BRASIL, e existem Policiais com o SGT ALVES que honram a farda, e se dedicam a vida Policial. Espero que pelo menos o NOSSO QUERIDO GOVERNADOR, DIMINUA AS PARCELAS DO AUMENTO DE 48x.

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