POR VANIA CUNHA
Rio - Um batalhão no combate aos maus policiais. É assim que a PM vai reagir aos chamados desvios de conduta, que nas últimas semanas colocaram em xeque o desempenho dos militares cariocas. Os investimentos na Corregedoria da corporação vão desde a criação de um quartel, em São Gonçalo, até o reforço no número de agentes para investigação e fiscalização, que pode chegar a 200 homens. Outra medida no combate aos erros será a exibição de um documentário com depoimentos reais de policiais presos, excluídos da corporação e de suas famílias.
A partir de amanhã, equipamentos do antigo laboratório da PM, em São Gonçalo, serão desmontados para o início das obras da nova sede da Corregedoria. A ideia é colocar o órgão em um local apropriado e afastado do Quartel-General, para que os agentes se concentrem na função de apurar crimes considerados graves.
“É muito difícil um quartel investigar seus homens. Era preciso distanciar a investigação do investigado. Vamos mudar o perfil de cartório que a Corregedoria tinha”, afirma o comandante-geral, coronel Mário Sérgio Duarte. A nova sede terá 12 salas para audiência, investigação e realização de procedimentos disciplinares, entre outras. De 2008 a junho de 2010, mais de 560 PMs foram excluídos da corporação.
O vídeo que começará a ser exibido nos batalhões amanhã mostra depoimentos chocantes de quem entrou pelo caminho do crime. “A expectativa é conscientizar os policiais de que a exclusão é a pior coisa para ele, já que ele encerra a carreira e é até discriminado pela sociedade. Outro aspecto importante é mostrar o quanto seu desvio pode impactar negativamente na vida de sua família”, ressalta o comandante.
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