Policiais militares do Batalhão de
Campos dos Goytacazes, no norte do Estado do Rio de Janeiro, aderiram à
greve anunciada na noite de quinta-feira (9) no Rio de Janeiro, e se
negam a trabalhar nesta sexta-feira (10), de acordo com os grevistas.
Cerca de 300 estavam em frente à sede da unidade, por volta das 11h, e 30 do lado de dentro.
A orientação do comando da PM
local é para prender administrativamente todos os que se negaram a
trabalhar. O clima era tenso no local no fim da manhã.
Agentes do Bope que atuam na capital foram para Campos nesta manhã reforçar a segurança.
Aparente tranquilidade no Rio
O Rio de Janeiro tem uma sexta
de aparente tranquilidade nesta manhã, apesar do anúncio de greve por
parte de agentes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil.
A maioria dos batalhões e delegacias está com efetivo normal de policiais. O movimento de viaturas também é regular.
O relações públicas da Polícia
Militar, coronel Frederico Caldas, disse que o número de faltas na
corporação é mínimo e que todos os serviços estão mantidos.
Em algumas delegacias, como a da
Penha, apenas casos mais graves são registrados, como assassinatos e
estupros. Registros de roubos, furtos são ignorados.
O Corpo de Bombeiros trabalha
com 30% da capacidade e também só atua em casos de maior gravidade. O
efetivo nas praias foi reduzido e os agentes não estão usando fardas
como forma de protesto, segundo os grevistas.
Por volta das 10h30, um
helicóptero da Polícia Militar circulava a zona portuária. Na avenida
Presidente Vargas, no centro, um carro da PM patrulhava a área da
Central do Brasil. Já na avenida Rio Branco, onde não havia policiais,
guardas municipais faziam a segurança.
O tradiconal bloco do Carnaval
carioca Cordão da Bola Preta chegou a cancelar de madrugada o desfile de
hoje, às 20h, na Cinelândia, mas a PM garantiu a segurança durante a
apresentação e a festa está confirmada.
O anúncio de greve aconteceu no
dia em que a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou
reajuste de 38,81% até 2013 para as categorias - percentual considerado
insatisfatório. Sem votação e diante de pelo menos 2.000 manifestantes,
um líder do movimento fez o comunicado no microfone, durante reunião na
Cinelândia:
- A partir deste momento, policiais civis, policiais militares e bombeiros estão oficialmente em greve.
Agentes penitenciários, que também foram beneficiados pelo reajuste salarial, não aderiram ao movimento.
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