sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Rio: Cerca de 300 PMs de Campos cruzam os braços e Bope é acionado

Policiais militares do Batalhão de Campos dos Goytacazes, no norte do Estado do Rio de Janeiro, aderiram à greve anunciada na noite de quinta-feira (9) no Rio de Janeiro, e se negam a trabalhar nesta sexta-feira (10), de acordo com os grevistas.

Cerca de 300 estavam em frente à sede da unidade, por volta das 11h, e 30 do lado de dentro.

A orientação do comando da PM local é para prender administrativamente todos os que se negaram a trabalhar. O clima era tenso no local no fim da manhã.

Agentes do Bope que atuam na capital foram para Campos nesta manhã reforçar a segurança.

Aparente tranquilidade no Rio

O Rio de Janeiro tem uma sexta de aparente tranquilidade nesta manhã, apesar do anúncio de greve por parte de agentes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil.

A maioria dos batalhões e delegacias está com efetivo normal de policiais. O movimento de viaturas também é regular.

O relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, disse que o número de faltas na corporação é mínimo e que todos os serviços estão mantidos.

Em algumas delegacias, como a da Penha, apenas casos mais graves são registrados, como assassinatos e estupros. Registros de roubos, furtos são ignorados.

O Corpo de Bombeiros trabalha com 30% da capacidade e também só atua em casos de maior gravidade. O efetivo nas praias foi reduzido e os agentes não estão usando fardas como forma de protesto, segundo os grevistas.

Por volta das 10h30, um helicóptero da Polícia Militar circulava a zona portuária. Na avenida Presidente Vargas, no centro, um carro da PM patrulhava a área da Central do Brasil. Já na avenida Rio Branco, onde não havia policiais, guardas municipais faziam a segurança.

O tradiconal bloco do Carnaval carioca Cordão da Bola Preta chegou a cancelar de madrugada o desfile de hoje, às 20h, na Cinelândia, mas a PM garantiu a segurança durante a apresentação e a festa está confirmada.

O anúncio de greve aconteceu no dia em que a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou reajuste de 38,81% até 2013 para as categorias - percentual considerado insatisfatório. Sem votação e diante de pelo menos 2.000 manifestantes, um líder do movimento fez o comunicado no microfone, durante reunião na Cinelândia:

- A partir deste momento, policiais civis, policiais militares e bombeiros estão oficialmente em greve.

Agentes penitenciários, que também foram beneficiados pelo reajuste salarial, não aderiram ao movimento.

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