sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

GOVERNO PAGOU PARA VER, GREVE GERAL, E AGORA.

Decisão é da juíza da Auditoria da Justiça Militar do Rio.
Bombeiro foi preso na noite de quarta-feira (9) e está em Bangu 1.

 


A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros da Auditoria da Justiça Militar do Rio decretou, na noite desta quinta-feira (9), a prisão preventiva do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros. Ele é acusado de praticar os crimes de incitamento e aliciamento a motim. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

A liberdade do bombeiro é uma das reivindicações de policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários, que fazem assembleia na noite desta quinta-feira (9), na Cinelândia, no Centro do Rio.


Segundo as lideranças do grupo, se as reivindicações não forem aceitas até a 0h desta sexta-feira (10), as categorias vão iniciar uma greve.

“Juntos somos fortes. Soltem o Daciolo porque ele é heroi. Ele não é vagabundo, não é vândalo. Ele foi o cara que sempre pregou a mansidão e a paz”, falou um dos bombeiros aos quase três mil manifestantes, entre bombeiros, agentes penitenciários e policiais civis e militares, que participam da assembleia.


"Primeiro queremos que soltem o Daciolo. Em segundo, reivindicamos o piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale tranporte e R$ 350 de tíquete-refeição. Essas são as condições para que não haja a paralisação", afirmou o sargento Paulo Nascimento, do 1º GSE, ao lado de Fernando Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).

O cabo Benevenuto Daciolo está preso administrativamente, em Bangu, devido aos crimes de incitamento à greve e aliciamento a motim, segundo o secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões. Escutas mostram conversa de Daciolo com a deputada Janira Rocha (PSOL) sobre estratégias de greve.

Segundo os manifestantes, mais de 50% das três categorias vão aderir à greve. Nascimento afirmou que, no caso do Corpo de Bombeiros, 70% vão paralisar.
Em relação à segurança da população, Nascimento garante que os serviços de segurança da sociedade que tenham "caso de morte" serão prestados. "Em casos como grandes incêndios, colisões, atropelamentos, acidentes graves, os serviços serão prestados", garantiu.

 Exército pode enviar 14 mil homens



Uma reunião com representantes da Segurança Pública do Rio e do governo federal, nesta quinta-feira (9), no Comando Militar do Leste (CML), decidiu que, em caso de greve dos militares, o Exército disponibilizará cerca de 14 mil homens e a Força Nacional atuará com cerca de 300 homens para a segurança no estado. A informação foi dada pelo secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, durante entrevista coletiva concedida nesta tarde, no Quartel General da corporação, no Centro da cidade.

Segundo ele, o plano prevê que os 14 mil homens do Exército façam o policiamento no estado, enquanto os 300 homens da Força Nacional auxiliem no trabalho dos bombeiros, em caso de paralisação dos servidores de segurança do estado.

Além disso, segundo o coronel, o próprio Corpo de Bombeiros já colocou todo o efetivo de prontidão. "A partir de hoje não temos mais efetivo administrativo funcionando. Todo o efetivo administrativo passa para prontidão, para serviços de socorro para garantir que a vida no estado do Rio de Janeiro vá se manter normal", afirmou Simões.

Simões disse ainda que todo o planejamento do carnaval está pronto, com efetivo próprio da corporação. "Setecentos bombeiros eu vou manter em posições estratégicas. O efetivo administrativo,
com cerca de 2 mil homens, vai ser dividido", explicou.

As polícias civil e militar cogitam paralisações a poucos dias do carnaval, caso as reivindicações não sejam atendidas. A votação será realizada nesta quinta, na Cinelândia.


Fonte: G1

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